O Comité Olímpico de Portugal (COP) ofereceu hoje bicicletas aos 25 jovens acolhidos pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), por forma a estimular a atividade física e a integração dos menores retirados de campos de refugiados na Grécia.
Numa cerimónia de cerca de 45 minutos, num centro de acolhimento, em Lisboa, o presidente do COP, José Manuel Constantino, considerou que a doação pretendeu “dar um sinal de apoio e de solidariedade” aos jovens.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente explicou que não é a primeira vez que o COP toma este tipo de iniciativa, adiantando que a entidade entende que é “uma tipologia que ajuda a própria integração”.
“Na nossa linha temos dois tipos de intervenções. Por um lado, a oferta de ‘kits’ de material desporto e, em segundo lugar, procurar, assim que conhecemos a realidade dos jovens juntamente com as autoridades, possibilidades de ele integrarem as nossas coletividades e nossos clubes desportivos”, salientou.
De acordo com José Manuel Constantino, o COP já tem oferecido à Cruz Vermelha Portuguesa vestuário, bolas e raquetes de ténis de mesa.
A curta cerimónia contou também com a presença do presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, que revelou que naquele centro de acolhimento se encontram 25 adolescentes de nacionalidade afegã, iraniana, egípcia e gambiana, escusando-se a prestar quaisquer outras declarações.
O primeiro grupo de 25 menores não acompanhados vindos de campos de refugiados na Grécia chegou na terça-feira, tendo sido acolhido pela Cruz Vermelha Portuguesa.
Na ocasião, a Unicef Portugal manifestou apoio ao acolhimento das crianças e apelou para uma integração de “plenos direitos” destes menores no país.
Trata-se do primeiro grupo de um total de 500 menores não acompanhados, que deixaram a Grécia e vão ser recolocados em Portugal.
"Estas crianças que fugiram da violência, do conflito e da pobreza, sobreviveram a viagens perigosas e permaneceram em condições desumanas em instalações de acolhimento completamente lotadas”, recordou a Unicef em comunicado, acrescentando que agora terão, finalmente, “uma oportunidade justa de construir um futuro melhor.
Comentários