O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos, Anthony Fauci, defendeu hoje o regresso dos desportos no país já neste verão, mas sem adeptos.
“Há uma maneira de o fazer. Ninguém pode ir aos campos de jogo. E os atletas devem ser alojados em grandes hotéis, onde quer que se jogue”, disse um dos rostos da luta contra a COVID-19 no país.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (26.059) em todo o mundo e mais casos de infeção confirmados (609.516).
Fauci acrescenta que os jogadores “devem ser examinados todas as semanas e há que garantir que não se contagiem entre si ou à sua família”, pelo que, se estas condições forem garantidas, defende que os “deixem disputar a época”.
As declarações do especialista médico podem ser o sinal que as várias ligas profissionais nos Estados Unidos precisavam para reatar as competições, medida defendida pelo presidente Donald Trump.
Na terça-feira, o governante revelou que vai reunir com mais de 200 peritos de diversas áreas, incluindo de vários desportos, para debater o regresso dos desportos profissionais, valorizando o seu papel na reativação da economia.
“Temos de recuperar os nossos desportos. Estou cansado de ver jogos de basebol de há 14 anos”, desabafou.
Há uma semana, um estudo da Universidade de Seton Hall, de Nova Jérsia, revelava que 72 por cento dos norte-americanos não voltariam aos recintos desportivos sem uma vacina contra o coronavirus, sendo que somente 13 por cento responderam que não teriam qualquer problema em fazê-lo.
Uma outra sondagem revela que 46 por cento dos adeptos se manifestou contra o início da época de futebol americano em setembro, enquanto 36 por cento não vê problemas nisso.
O basebol profissional está a equacionar começar a temporada concentrado num só lugar, provavelmente no Arizona, sem adeptos, contudo o governador do estado declarou que está disposto a receber as 30 equipas somente quando a saúde pública o permitir.
A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 599 das 18.091 pessoas registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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