O DCIAP arquivou os autos relativos a um caso de alegada viciação do resultado desportivo no Feirense-Rio Ave de 2017, em que eram suspeitos quatro futebolistas dos vila-condenses, disse hoje à Lusa o advogado de Cássio.

Em comunicado assinado por José Rebelo da Silva, advogado que representa o guarda-redes brasileiro, atualmente no Paredes, o DCIAP arquivou o caso ao fim de quase sete anos de investigação.

“Dos elementos recolhidos não resultam indícios de que qualquer um destes jogadores (ou outros) tenham condicionado o seu desempenho no jogo em causa à obtenção de um resultado manipulado que correspondesse, de forma deliberada, ao sentido das ditas apostas”, pode ler-se na conclusão do DCIAP, que determinou o arquivamento em 30 de janeiro deste ano.

De resto, para a investigação não existiu “qualquer movimento bancário que relacione estes apostadores a qualquer jogador, funcionário ou dirigente do Rio Ave”.

Em comunicado, o advogado de Cássio congratula-se com “a almejada justiça” e “o bom nome reposto” do guarda-redes, mesmo que os órgãos de investigação criminal tenham tido uma “atuação profundamente lenta”.

Cássio era suspeito, a par de Marcelo, Roderick Miranda e Nadjack, de se terem deixado corromper em torno do Feirense-Rio Ave, disputado em 06 de fevereiro de 2017, da edição 2016/17 da I Liga de futebol, levando à abertura de processo de inquérito pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Segundo o que foi noticiado em 2017, os jogadores teriam sido aliciados para perder no terreno do Feirense, em jogo da 20.ª jornada do campeonato disputado em 06 de fevereiro, que terminou com vitória da equipa da casa, por 2-1. Os quatro foram titulares nesse encontro.

Na altura, esta partida levantou suspeitas que motivaram a suspensão das apostas no jogo Placard, e o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia justificou a decisão devido ao “volume atípico de apostas registado e ao risco financeiro envolvido”.