As federações de patinagem, andebol, futebol e voleibol reuniram hoje com a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), acordando um “plano de ação comum para segurança e hospitalidade nos espetáculos desportivos”.
Na reunião, que decorreu em Viseu e contou também com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), foram acordadas “linhas orientadoras para um plano de ação conjunto”, nota a APCVD em comunicado.
Entre os pontos acordados está uma “harmonização de procedimentos de entrada e acolhimento de adeptos”, para criar um “ambiente familiar”, o que implica “a revisão e harmonização de procedimentos a aplicar pelos promotores”.
Dentro desta revisão, fica englobado a questão da segurança, de reserva de capacidade para gestão de possíveis incidentes, na prática, da limitação de certas áreas das bancadas, no estádio ou no pavilhão, para determinados tipos de adeptos, como os da equipa visitante.
Estas normas seguem-se a uma série de casos muito mediatizados que ocorreram em jogos da I Liga portuguesa de futebol, nomeadamente a visita do Benfica ao Famalicão e do FC Porto ao Estoril Praia, nas últimas duas jornadas, disputadas neste mês.
Os incidentes, em ambos os casos envolvendo adeptos menores de idade, geraram repúdio da comunidade desportiva e das instituições desportivas, além do próprio Governo, dando azo a várias reuniões, da APCVD à Liga e aos gestores de segurança dos clubes.
Outro dos pontos acordados pelas federações dos desportos coletivos de maior expressão no país com a APCVD prende-se com a capacitação e formação de gestores de segurança e oficiais de ligação a adeptos (OLA), para terem “maior capacidade de gestão dinâmica dos riscos”.
O “incremento das condições de hospitalidade a todos os adeptos” e a adoção de “respostas eficazes para identificação e responsabilização de agressores” é o terceiro ponto elencado.
“Pretende-se substituir uma abordagem centrada nos adeptos de risco por uma abordagem focada na maioria dos adeptos, que equilibre o bem-estar com as condições de segurança e meios de identificação e responsabilização dos responsáveis por atos de violência e intolerância”, explica aquela autoridade.
Por fim, a promoção de mais ações educativas e campanhas de sensibilização ficou também prevista, após os presentes reconhecerem “a importância de unir esforços” para condições mais hospitaleiras em eventos desportivos.
“Ficou ainda acordado este grupo reunir-se periodicamente, dando continuidade à colaboração multi-institucional que saiu reforçada nesta sessão”, nota a APCVD.
Na reunião não esteve presente a Federação Portuguesa de Basquetebol, por “motivos de última hora”.
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