O antigo jogador do Benfica António Veloso disse hoje que no presente “não havia dinheiro” para pagar a Fernando Chalana, antigo colega de equipa que teve “o privilégio de ter acompanhado” durante alguns anos.

“Como jogador, escuso de dizer o que foi. Como atleta, foi extraordinário. Se fosse hoje não havia dinheiro que chegasse para lhe pagar. Como pessoa, era extraordinário, também. Só há que lamentar a partida dele”, disse Veloso à agência Lusa, no dia em que faleceu o antigo companheiro.

O antigo defesa das ‘águias’ recordou, ainda, que o período em que Chalana evoluiu nos relvados “eram outros tempos” e que, se fosse hoje, “haveria outros clubes maiores do que o Benfica, que também é grande” a desejar contar com o ‘pequeno genial’ nas suas equipas.

“Na altura, era muito difícil qualquer jogador ser transferido para qualquer lado”, lamentou Veloso.

E entre as memórias que guarda do antigo companheiro de equipa, “todas na bola, naturalmente”, Veloso guarda, particularmente, “a forma como ele conseguia fintar os adversários e, por vezes, voltava para trás para os fintar novamente”.

“Era uma magia que tinha muito grande e confiança, que nos deixava a todos com bastante satisfação”, lembrou António Veloso.

O antigo futebolista Fernando Chalana morreu hoje aos 63 anos, informou nas redes sociais o Benfica, clube no qual o avançado fez grande parte da carreira.

Com início da formação no Barreirense, Chalana, 27 vezes internacional por Portugal, chegou ao Benfica em 1974/75, ainda com idade de júnior e mudou-se em 1984/85 para o Bordéus, clube no qual esteve três anos antes de regressar às 'águias', terminando a carreira com uma época no Belenenses (1990/91) e outra no Estrela da Amadora (1991/92).

Após o final da carreira, Chalana esteve vários anos ligados à formação do Benfica e chegou mesmo a assumir o comando técnico da equipa principal das 'águias' em duas ocasiões, em 2002/03 e em 2007/08.