Luis Manuel Díaz, pai do atacante do Liverpool, Luis Díaz, relatou esta sexta-feira como passou as quase duas semanas em que esteve refém da ELN numa área montanhosa da Colômbia. Entre lágrimas, recordou que foi obrigado a caminhar "muito" e com muito poucas horas de sono.

"Tive que andar muito, subir e descer muitas montanhas, enquanto tentava manter-me seguro para poder voltar para casa", disse o homem de 56 anos, que não é estranho à região montanhosa que ele explora desde criança.

Díaz, finalmente libertado na quinta-feira após apelos para a sua liberdade, disse em conferência de imprensa, realizada na sua casa no norte do país, que não foi maltratado por seus captores, mas que passou por um período "muito difícil", sobrevivendo a "quase 12 dias sem dormir".

A esposa de Díaz, Cilenis Marulanda, que foi levada pelos mesmos sequestradores do ELN a 28 de outubro, mas resgatada horas depois, esteve ao lado do marido durante as declarações do seu marido, apoiando-o quando este começou a chorar a meio das declarações.

"Não gostaria que ninguém estivesse naquela montanha na situação em que eu estava", disse o pai do jogador do Liverpool.

Díaz caminhava com notórias dificuldades quando chegou à conferência de imprensa, e teve que ser ajudado para se levantar da cadeira.

Os pais de Luís Diaz foram raptados no passado dia 28 de outubro por membros do ELN (Exército de Libertação Nacional), guerrilha que conta com cerca de 5.800 membros.