Ajudar atletas, equipas ou instituições a chegarem mais longe e a atingirem metas que de outra forma podem parecer impossíveis de alcançar. É este o objetivo de um Programa de Responsabilidade Social desenvolvido que pretende apoiar apaixonados pelo desporto que, por alguma razão, precisam de uma ajuda extra para atingirem os seus objetivos.
Levado a cabo pela Betano Portugal, o projeto Heróis Betano parte do princípio de que, no mundo do desporto, todos são potenciais heróis. Assim, convida atletas, equipas amadoras ou instituições com projetos relacionados com desporto ao serviço das comunidades, a candidatarem-se a apoios no âmbito deste programa de responsabilidade social.
A seleção é. depois, feita com base em vários critérios, como o currículo desportivo pessoal, os objetivos a que se propõem, os desafios e obstáculos à concretização desses objetivos e o enquadramento do apoio necessário.
Estivemos à conversa com Inês Andrade, uma das porta-vozes deste projeto. "O projeto Heróis Betano nasceu em 2021 com o objetivo de apoiar e dar visibilidade a atletas e projetos desportivos amadores que, apesar do seu talento, potencial e dedicação, enfrentam dificuldades para concretizar as suas metas. Acreditamos que o desporto é para todos, deve ser inclusivo e acessível, por isso o
nosso caminho passa por ajudar a criar as oportunidades para que mais atletas sejam bem sucedidos nos seus objetivos", começa por nos explicar.
"O ADN da Betano está naturalmente ligado ao desporto, pelo que nos fez sentido que a nossa presença social estivesse ligada também a essa área. O desporto tem um papel muito importante no combate à discriminação social, promovendo a igualdade. Ao apoiarmos o desporto amador, em qualquer modalidade, de certa forma acabamos por tornar a sociedade mais justa e inclusiva. Acreditamos que projetos sociais deste tipo têm o poder de dar voz e palco a vários atletas, que de outra forma não o conseguiriam fazer, e que, aliás, têm
trazido para Portugal várias distinções e conquistas desportivas de relevo", acrescenta. "Os Heróis Betano são atletas que representam os verdadeiros valores do desporto".
Mas como é, então, feita a seleção dos atletas? "Baseia-se no projeto desportivo que é apresentado, assim como, no impacto que o apoio teria no mesmo projeto. Valorizamos critérios como o compromisso, a ambição, o mérito desportivo e o impacto social da mensagem que advém daquele desafio. Procuramos atletas que demonstrem talento, dedicação, situações em que o nosso apoio
realmente faça a diferença para que continuem a competir e a evoluir", resume Inês Andrade. "Além disso, valorizamos histórias que possam inspirar outros e promover valores como a resiliência e a inclusão no desporto".
E quais são os apoios dados, depois, a cada atleta ou instituição? "O apoio financeiro ajuda a cobrir necessidades essenciais como equipamento, deslocações, inscrições em provas, suplementação, entre outros. No panorama do desporto amador, onde os recursos são limitados, este tipo de ajuda pode ser determinante para que um atleta consiga continuar a competir. Sem patrocínios tradicionais, muitos atletas têm de cobrir todas as despesas do próprio bolso, o que limita as suas oportunidades de crescimento", sublinha. "Foi a pensar nestas dificuldades que nasceu o projeto Heróis Betano, para colmatar esta lacuna e a mitigar outras adversidades enfrentadas por estes atletas ao longo do seu percurso desportivo".
O impacto do projeto é, de acordo com a sua porta-voz, palpável. "Temos a percepção de que somos já considerados um apoio relevante na área do desporto, pelo grande crescimento no número de candidaturas nos últimos dois anos. Muitos dos nossos atletas conseguiram participar em competições internacionais de relevo, melhorar as suas condições de treino e, em alguns casos,
transformar o desporto na sua atividade principal, graças ao nosso apoio. Para além do valor financeiro, o projeto oferece ainda muita visibilidade, o que os ajuda a captar outros apoios", salienta.
Vicente Pereira tem 19 anos e tem feito história na natação adaptada, com um palmarés invejável. É campeão do Mundo e recordista mundial dos 100m livres, 50m livres, 100m mariposa e 50m mariposa. É o melhor nadador do mundo com síndrome de Down e um dos 'Heróis Betano'. "Ajudou-me a participar em provas onde não conseguiria estar sem este apoio. Fiz um desafio a mim próprio e consegui conquistar 11 recordes do Mundo nessas competições onde sempre sonhei competir. Em Portugal, os atletas com Síndrome de Down não têm muitos apoios, por isso, esta ajuda é fundamental na minha carreira e tem sido", faz questão de nos salientar.
Miguel e Pedro Pinto, dois irmãos que lutam por um desporto mais inclusivo em Portugal e que participam juntos em provas desportivas de corrida e triatlo, são maos dois nomes apoiados pelo projeto. Pedro tem paralisia cerebral, mas nunca deixou que isso lhe limitasse os sonhos. Puxado e empurrado pelo irmão Miguel, treina para ser uma voz ativa na ajuda à paralisia cerebral e à inclusão no desporto. Em 2022 os 'Iron Brothers', como são conhecidos, participaram no Campeonato Europeu de Ironman, em Hamburgo, na Alemanha.
"Os Heróis Betano deram-nos a alavanca de que precisávamos para sonhar mais alto, ultrapassar limites e transformar desafios em conquistas épicas. Com este projeto, o impossível deixou de existir, e o próximo objetivo tornou-se apenas o próximo passo a alcançar", apontam.
Comentários