A Câmara de Leiria divulgou hoje que estão em curso os trabalhos para a recuperação do relvado do estádio dr. Magalhães Pessoa, inviável para a prática desportiva na sequência do concerto Rockin’1000, revelando que "já demonstra sinais de melhoria".
Em comunicado, o município informa que “estão a decorrer trabalhos com vista à recuperação do relvado” do estádio, após a realização do concerto, garantindo que “desde a primeira hora estava prevista intervenção” para a sua recuperação.
Hoje, a União de Leiria anunciou que os dois próximos jogos em casa na II Liga de futebol serão realizados em Rio Maior, devido à degradação do relvado do estádio do Magalhães Pessoa na sequência do concerto Rockin’1000.
A SAD leiriense assumiu, numa nota dirigida a sócios e adeptos, “enorme tristeza” com a mudança dos jogos com o Marítimo e o Felgueiras para Rio Maior, “apesar das garantidas dadas pelo município [de Leiria] em como a realização do Rockin1000", no dia 14 de setembro, "não iria inviabilizar a realização dos jogos da União de Leiria em casa”.
Contudo, “o relvado ficou sem condições, tendo sido interditado pela Liga Portugal para qualquer tipo de atividade”, acrescenta a União de Leiria na nota, admitindo que os problemas possam demorar mais tempo a resolver.
A autarquia liderada por Gonçalo Lopes esclareceu que “os trabalhos técnicos em curso visam garantir a recuperação do relvado, nomeadamente remoção de matéria orgânica acumulada e melhoria da circulação de ar e água, tal como um processo de perfuração para aliviar a compactação do solo, e a aplicação de uma nova camada de sementes específicas para futebol”.
“Para melhorar a drenagem e crescimento, está também a ser adicionada areia especial e aplicado fertilizante adequado, assegurando que o relvado recupere rapidamente e com qualidade”, acrescenta a informação
À Lusa, o município avança que “o objetivo é restabelecer as condições ideais para a prática de futebol o mais brevemente possível” e “sem a necessidade de uma substituição total”, sendo que o tapete de relva “já demonstra sinais de melhoria”. Quando ao valor da intervenção em curso, “está em análise”.
O município admitiu também que estava previsto, “inevitavelmente, algum impacto” no relvado com o Rock’1000, situação que levou à preparação de “uma intervenção para a recuperação do relvado após o evento”.
A autarquia lembrou que tem financiado e assegurado a “boa manutenção do estádio, nomeadamente ao nível da segurança, iluminação, cobertura, ecrãs, sistema elétrico, trabalhos de conservação corrente”, reunindo um conjunto de “condições de excelência para realização de grandes eventos desportivos, como a ‘final four’ da Taça da Liga, jogos da seleção nacional de futebol e diversas competições nacionais e internacionais de atletismo”.
“Estamos certos de que muito em breve o recinto voltará a apresentar as excelentes condições que lhe valeram a inclusão no lote de estádios ‘Premium’ pela Liga Portugal”, acrescentou.
Segundo a Câmara, o estádio “representa o maior investimento público feito” no concelho, sendo “imperioso encontrar estratégias que garantam a sua rentabilização, para além do futebol”.
“O Rockin’1000, pela adesão que registou”, com cerca de 20 mil espetadores, “mas muito em especial pela projeção, nacional e internacional, que ofereceu a Leiria, inscreve-se precisamente nesse propósito”, adiantou, estimando que “o impacto económico direto da realização deste concerto foi de três milhões de euros”.
O município garantiu ainda que “tentará sempre estabelecer um programa de eventos que compatibilize todos os usos, em especial em articulação com a União de Leiria SAD, reconhecendo a sua importância para a região”.
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