O trabalho em equipa e o treino são comuns aos atletas e equipas e à presidência do Conselho da União Europeia (UE), concluiu uma conferência dedicada ao tema, em que se destacou a ideia de “preparar o inesperado”.

Francisca Laia, atleta olímpica de canoagem, e Pedro Folgado, representante da presidência portuguesa, participaram hoje numa conferência online com o tema "O que têm em comum uma equipa desportiva e o Conselho da UE?", que contou também com uma mensagem de Pedro Neto, futebolista internacional português que alinha nos ingleses do Wolverhampton.

“Juntos todos conseguimos mais. Ouvir os outros e discutir opiniões vai melhorar o nosso caminho. Trabalhamos quatro anos para nos classificarmos para os Jogos Olímpicos e depois dar o nosso melhor. A presidência também é preparada para estes seis meses, que considero ser como uma competição”, afirmou Francisca Laia.

Portugal exerce até 30 de junho a presidência do Conselho da UE, seguindo-se a Eslovénia.

A atleta de canoagem lembrou ainda que, apesar de durante as competições todos procurarem os melhores resultados, nos meses anteriores é habitual o treino em conjunto com atletas de outros países, em que se partilham aprendizagens.

Pedro Folgado partilhou a ideia de que tanto numa equipa como na presidência do Conselho da UE o “trabalho em equipa e a comunicação” são aspetos essenciais.

“Tanto uma equipa como a presidência querem ter os melhores, mas é preciso trabalhar como equipa. O treino é importante no desporto, mas também o é na presidência. Temos várias discussões e reuniões de preparação para vários cenários. Tal como no desporto, a preparação da presidência começa muito antes”, explicou.

A necessidade de “preparar o inesperado” foi outra das mensagens que ambos partilharam para as duas áreas, com Pedro Folgado a destacar a importância que ambas podem ter na “criação de pontes”.

Já Francisca Laia, que além do desporto fez a sua formação académica em medicina, aproveitou a oportunidade para destacar a importância do desporto na saúde das pessoas, mesmo sem a componente competitiva.

“Fazer algo é muito importante para a saúde das pessoas, não é necessário ser o melhor. O desporto acaba mesmo por unir as pessoas. É necessário ser ativo e fazer desporto”, referiu, manifestando o desejo de ver uma Europa “mais saudável”, sem esquecer os impactos das alterações climáticas.

O futebolista Pedro Neto, que não esteve presente, mas deixou uma mensagem, defendeu que o trabalho de equipa é fundamental para se atingir os objetivos e explicou que todos os jogadores precisam de uma equipa para triunfar.