Cabo Verde tentou entrar melhor no jogou, mas foi uma tentativa que durou apenas 10 minutos, pois que a partir daí o jogo foi totalmente dominado pela formação angolana, que encurtou todos os espaços de manobras para a ofensiva crioula.
Melhor preparado técnico/táctico e fisicamente, a formação orientada pelo treinador Simão José abriu o activo aos 14 minutos por intermédio de Jelson Mivo.
O domínio angolano ganhou tranquilidade aos 30 minutos, quando Melono Dala bateu o guarda-redes cabo-verdiano, capitão Orlando, após uma primeira defesa, e fixou o resultado ao intervalo.
Na etapa complementar, Angola voltou a entrar forte, uma vez que povoou o meio campo musculado, cercou a baliza cabo-verdiana e criou sérios embaraços à linha defensiva caseira.
Certo é que o terceiro golo foi apontado aos 44 minutos, isto é, a um minuto do tempo regulamentar, altura na qual o veloz Fernando Duarte fixou o "placard", num lance em que o árbitro português Bruno Vieira mostrou o seu conhecimento às leis do jogo.
Na sequência de uma bola lançada em profundidade, o guarda-redes Orlando jogou a bola com a mão fora da área, esta ficou na posse do atacante contrário o árbitro auxiliar assinalou falta defensiva, mas o árbitro central deixou seguir o jogo para não beneficiar o infractor e advertiu o guardião com a cartolina amarela.
Vitória justa para a única equipa que lutou para este triunfo e que, inclusive, contou com uma ruidosa claque, protagonizada pelos demais elementos da sua comitiva, nas bancadas.
Com esta derrota, por sinal a segunda consecutiva em quatro jogos, resta agora a selecção de Cabo Verde jogar amanhã para a medalha de bronze com a outra semifinalista vencida do embate que coloca, ainda esta tarde em jogo, as equipas nacionais de Brasil e Portugal.
A selecção angolana registou o seu quarto triunfo consecutivo e garante o passaporte para a final deste domingo.
No final do jogo, o seleccionador cabo-verdiano, Jorge Conceição, disse que Angola é uma equipa “extremamente forte”, dotado de jogadores habituados a “grandes competições” e de “grande porte atlético”.
Disse que resta a Cabo Verde jogar para tentar ganhar a medalha de bronze, alertando aos dirigentes desportivos que no "futebol não existe milagres", uma vez que Cabo Verde trabalha sobre joelhos, ao passo que a selecção angolana está a preparar-se para o Campeonato Africano em sub-17.
O técnico angolano, Simão José, disse que Angola estava consciente que seria necessário ter um “plano perfeito”, tinha estudado bem a forma de jogar de Cabo Verde e que soube aproveitar bem os espaços vazios para marcar três golos e vencer o jogo “com toda a justiça”.
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