A nadadora russa Yulia Efimova recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da sua exclusão dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto.

Yulia Efimova, medalha de bronze nos 200 metros bruços em Londres2012, tornou-se a terceira atleta da equipa russa de natação a recorrer para o TAS, depois de Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev.

Os recursos de Morozov e Lobintsev, também medalhados em Londres há quatro anos, deverão ser avaliados ainda hoje, de acordo com fontes do tribunal, citadas pelas agências internacionais.

Os três foram excluídos pela Federação Internacional de Natação (FINA), depois de o Comité Olímpico Internacional (COI) ter decidido transferir para as federações a responsabilidade por decidir que atletas serão autorizados a competir nas olimpíadas do Rio, que têm início na próxima sexta-feira.

De acordo com um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA) recentemente divulgado, o Governo russo dirigiu um programa de dopagem no desporto com apoio estatal, com participação ativa do ministro dos Desportos e dos serviços secretos.

O relatório do professor canadiano Richard McLaren refere que o programa “à prova de falhas” foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.

De acordo com o documento, o ministro dos desportos da Rússia, Vitaly Mutko, teve “participação ativa” neste sistema, que teve a assistência dos serviços secretos nos laboratórios antidopagem de Moscovo e Sochi.

Na sequência da diretiva do COI, pelo menos 117 dos 387 atletas que faziam parte da equipa nacional russa foram já banidos dos Jogos.