O Comité Olímpico Norueguês solicitou hoje ao Comité Olímpico Internacional (COI) que adie os Jogos Olímpicos Tóquio2020, até que a pandemia de Covid-19 esteja controlada.

"Com base na situação pouco clara vivida na Noruega e em grande parte do mundo, não é aconselhado nem desejável enviar atletas noruegueses para os Jogos, antes da sociedade mundial superar esta pandemia", apelou a presidente do comité norueguês, Berit Kjøll, em comunicado.

O organismo nórdico reforça que a situação vivida em muitos países do mundo é "complexa, exigente e perigosa".

Apesar do governo japonês e do COI manterem a intenção de organizar os Jogos nas datas previstas, entre 24 de julho e 09 de agosto, Berit Kjøll pede para ser informada sobre o processo que levará à decisão final sobre a organização do evento e avisa que, independentemente do desfecho, fará a sua própria avaliação de enviar ou não os seus atletas para Tóquio.

Na nota enviada ao COI, o organismo mostrar-se ainda preocupado com as condições distintas de treino nos diferentes países, assim como outros assuntos relacionados com o ‘fair-play’, que “têm sido relatados pela imprensa nos últimos dias devido ao surto do novo coronavírus”.

Contudo, reconhece que a situação é bastante complicada de gerir para os organizadores e responsáveis.

"Entendemos e respeitamos que a situação é muito difícil para as autoridades de saúde japonesas, para o Comité organizador e para o COI. Estamos confiantes de que os conselhos de Tóquio2020 são do mais alto padrão médico e que a segurança dos atletas é a principal prioridade", concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.

A Espanha regista 1.002 mortes (19.980 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

O número de mortos no país subiu para seis.