O presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Carlos Nuzman, defendeu hoje de qualquer tipo de suspeita de corrupção a atribuição dos Jogos ao Brasil, em declarações à AFP.

“Construímos uma candidatura limpa e organizada. Vencemos com uma enorme vantagem sobre todos os outros candidatos em cada volta e, no final, ganhámos por 66 votos contra 32” face à candidatura de Madrid, prosseguiu Carlos Nuzman.

A justiça francesa confirmou na quarta-feira que abriu desde dezembro uma investigação por suspeita de suborno na concessão dos Jogos Olímpicos deste verão no Rio de Janeiro e de Tóquio, em 2020.

Esta investigação surge na sequência das acusações de corrupção feitas em novembro passado contra o vex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, que encobriu resultados antidoping positivos de atletas russos a troco de dinheiro.

“Nada sabemos sobre a investigação francesa, não é problema nosso. Ganhámos de forma muito limpa”, disse Nuzman.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse na quarta-feira que não havia “qualquer evidência neste momento” sobre suspeitas de corrupção na atribuição dos Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro e para Tóquio.