“Estou felicíssima. Por onde passo só digo que estou feliz. Mais um diploma olímpico. Ainda para mais depois do que se passou na câmara de chamada. Tive dores horríveis nas costas, foi muito difícil conseguir aquecer e preparar a competição. Tive momentos antes de entrar na câmara de chamada muito complicados, mas consegui gerir toda esta adrenalina que são os Jogos Olímpicos e consegui ultrapassar a dor”, assumiu.
Na zona mista, com a bandeira de Portugal às costas, Ana Cabecinha, que melhorou os oitavos lugares de Pequim2008 e Londres2012, disse que acordou “com umas dores horríveis na lombar” e que antes “de entrar chorava de dores com o fisioterapeuta”.
“Não consegui aquecer de forma adequada para a prova, então parti um pouco a medo pelas costas. Agora doem-me, mas ainda há bocado não doeram e isso é que é importante e por isso estou feliz com o meu sexto lugar”, afirmou.
A atleta do Clube Oriental do Pechão garantiu que nunca pensou em não competir e que, apesar de não ter consigo aquecer, foi gerindo a prova.
“Quando aqueci fiquei bem e nunca me passou pela cabeça não estar na linha de partida, nem na de chegada, quanto mais”, referiu.
A algarvia, de 32 anos, disse que ainda sonhou chegar às medalhas, quando recolou no grupo da frente.
“Pelo menos, estar na frente e tentar lutar pelas medalhas. Não foi possível porque, quando chegámos, o grupo partiu completamente e então tentei gerir e lutar pelo melhor lugar possível. Quando a brasileira se chegou a mim, eu tentei não descolar porque era melhor o sexto do que o sétimo”, assegurou.
Ana Cabecinha assegurou que o “objetivo era ser finalista, melhorar o lugar de Londres e Pequim” e que foi cumprido, dizendo-se “muito feliz” por isso.
“No ano passado também fui segunda europeia, vou-me mantendo até ao dia que seja o meu dia e espero que continue nas finalistas”, assumiu.
Depois do quarto lugar no Mundial de 2015, Ana Cabecinha voltou a estar perto das medalhas, mas a algarvia disse que não sabe quando vai alcançar o ‘metal’.
“Mas espero que o meu dia chegue, porque [as medalhas] já andam a fugir muitas vezes. Eu continuo atrás delas e tenho fé que algum dia vá ser o meu dia”, disse.
Ana Cabecinha foi hoje sexta classificada nos 20 km marcha, ao terminar a prova em 1:29.23, a 48 segundos da chinesa Hong Liu, que venceu em 1:28.35 horas, à frente da mexicana Maria Guadalupe Gonzalez, que conquistou a prata, com 1:28.37, e da também chinesa Xiuzhi Lu, medalha de bronze, com um registo de 1:28.42.
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