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Pela segunda vez, "Thunder" Bolt "fulminou" a concorrência numa final olímpica dos 100 metros
Jamaicano confirmou-se em Londres2012 como o homem mais rápido do Mundo, sem qualquer contestação.
Usain Bolt defendeu hoje brilhantemente o título olímpico de Pequim2008, terminando em 9,63 segundos, a segunda melhor marca mundial de todos os tempos e a apenas cinco centésimos do seu recorde mundial, feito em Berlim, há três anos.
A corrida foi excecional em termos de qualidade, também para os restantes lugares do pódio, com o jamaicano Yohan Blake (atual campeão do Mundo) a igualar o seu recorde pessoal, com 9,75 segundos, e o norte-americano Justin Gatlin (o campeão olímpico de 2004) a fazer recorde pessoal, com 9,79.
Cinco finalistas ficaram abaixo de 9,90 e sete abaixo dos 10 segundos, com a exceção a ser o terceiro jamaicano, Asafa Powell, que se lesionou durante a corrida.
Depois de meses e meses a evitarem-se nas pistas, os jamaicanos Bolt e Blake e os norte-americanos Gatlin e Tyson Gay definiram no Estádio olímpico de Londres quem é, realmente, o "rei do sprint" da atualidade - e não houve dúvidas que é Bolt.
Todos os favoritos partiram bem, mas a impressionante passada de Bolt fez a diferença nos últimos 40 metros, para terminar bem à frente do grupo que "brigava" pela prata.
Os 100 metros masculinos fecharam hoje um programa de 23 finais, das quais seis de atletismo, a primeira ainda de manhã, com o centro de Londres a receber a maratona.
Na chegada à meta, no Pall Mall, triunfou a etiope Tiki Gelana, que chegou a Londres como detentora da segunda melhor marca do ano e fazia parte do reduzido lote de favoritas. Ganhou com 2:23.07 horas, novo recorde olímpico, à frente da queniana Prisca Jeptoo e da russa Tatyana Petrova Arkhipova, impressionante nos últimos quilómetros.
O Quénia foi o grande derrotado, com Mary Keitany, vencedora da maratona comercial de Londres, a ser quarta, e Edna Kiplagat, a campeã mundial, a ser 20.ª.
Os africanos redimiram-se, como era esperado, nos 3.000 metros obstáculos masculinos, com o bicampeão mundial Ezekiel Kemboi a chegar ao título.
No triplo salto feminino, o Cazaquistão chegou à sua sexta medalha de ouro nestes Jogos, através de Olga Rypakova, e no lançamento do martelo, masculinos, triunfou o húngaro Kriztián Pars, recente campeão europeu.
Finalmente, nos 400 metros femininos assistiu-se ao regresso ao primeiro plano da norte-americana Sanya Richards-Ross, a campeã do Mundo de 2009, aqui a derrotar a vedeta local, Christine Ohuruogu, a campeão olímpica há quatro anos.
Não correu tão bem como na véspera a prestação britânica no estádio, mas a Grã-Bretanha continua a colecionar medalhas e títulos olímpicos, "roubando" à Rússia o estatuto de terceira potência olímpica. Soma já 16 medalhas de ouro, 37 no total, muito perto do registo final de Pequim2008, que foi de 19/47.
Uma das mais saborosas foi o ouro escocês no ténis masculino, através de Andy Murray, derrotando nada menos que o suíço Roger Federer, que era apontado como o grande favorito.
"Quando ganho, sou britânico, quando perco, sou escocês", desabafou uma vez Murray. Mas, hoje não teve razão para azedumes e, com um imenso apoio do público, superou o líder do "ranking" mundial por claros 6-2, 6-1 e 6-4.
O ténis fechou o seu programa olímpico como a segunda medalha de ouro de Serena Williams, agora ao lado da sua irmã Venus, dos Estados Unidos, e com o triunfo de pares mistos da Bielorrússia, através de Victoria Azarenka e Max Mirnyi.
Antes de Murray, os britânicos já tinham celebrado outro dos seus heróis, Ben Ainslie, vencedor da classe de vela Finn, no que foi uma quarta medalha de ouro olímpica.
Aos 35 anos, Ainslie confirma o seu lugar na história da vela e ainda promete estar na luta no Rio de Janeiro, dentro de quatro anos. Com cinco medalhas olímpicas no palmarés, iguala os brasileiros Torben Grael e Robert Scheidt.
Na vela, também já terminou a classe Star, aqui com o triunfo da dupla sueca Salmienen/Loof.
Muito mais produtiva na jornada de hoje que os EUA, a China conquistou medalhas de ouro no badminton, ginástica e halterofilismo e voltou à liderança do “medalheiro”, agora com 30 medalhas de ouro e 61 no total.
Seguem-se os Estados Unidos, com 28/60, a Grã-Bretanha, com 16/37, e a Coreia do Sul, com 10/20 (hoje ganhou no tiro). A lista de países medalhados chega já a 61, quase 30 por cento dos países participantes.
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