O judoca português Célio Dias, eliminado hoje na primeira ronda dos -90kg do Rio2016, garantiu não ter sentido ansiedade da estreia em Jogos Olímpicos, elogiando o bom momento do adversário.
Célio Dias, 21.º do mundo, foi surpreendido por Celtus Dossou Yovo, atleta do Benim, 220.º mundial, por ‘ippon’ – inicialmente a árbitra deu ‘waza-ari’, em 1.48 minutos, numa altura em que vencia por ‘yuko’. “Não se pode falar de ansiedade quando se tem um plano para o dia, que foi o que eu tive. Preparei este dia da melhor forma. Não acho que tenha acusado nenhum tipo de pressão ou ansiedade por ser a estreia nos Jogos Olímpicos. Foi antes um bom momento do meu adversário, que esteve muito bem”, referiu Célio Dias, na zona mista.
Sobre o momento que decidiu o combate, o judoca disse que tentou uma técnica que costuma “fazer inúmeras vezes”, mas o seu adversário “bloqueou e contra-atacou”. “Foi um bom momento para ele, foi um triste momento para mim. No judo, a primeira lição que aprendemos é a cair, eu caí, mas amanhã vou estar de pé e vou seguir mais forte rumo aos meus objetivos”, afirmou.
À entrada para o seu combate, Célio Dias avançou determinado para o ‘tatami’, mas acabou por subir as escadas erradas.
“Se acompanhar as minhas provas anteriores, eu sempre entro de uma forma realmente determinada. Não acho que foi ansiedade eu ter trocado de lado. Eu estava de kimono azul, pensava que aquelas eram realmente as escadas. Depois desci, fui para o meu lado, concentrei-me novamente, portanto não associo esse momento a um momento de ansiedade”, afirmou.
Célio Dias, de 23 anos, diz que vai agora, depois “de digerir as emoções que estão associadas a esta prova”, olhar para o próximo ciclo olímpicos.
“Os Jogos Olímpicos de Tóquio [2020] são, sem dúvida, um objetivo e a meta para os próximos anos de trabalho”, afirmou.
Na quinta-feira, Jorge Fonseca, nos -100kg, fecha a participação portuguesa no judo, já marcada pela medalha de bronze de Telma Monteiro nos -57kg.
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