Luís Figueiredo assumiu hoje a nomeação para chefe da missão portuguesa aos Jogos Paralímpicos Paris2024 como o seu “maior desafio” de sempre e antevê uma competição aberta e com níveis de exigência diferentes dos de Tóquio2020.

“Este é, sem dúvida, o maior desafio que tive até hoje, isto apesar de já estar há alguns anos no associativismo”, disse Luís Figueiredo à agência Lusa, considerando que, em Paris, os desafios serão diferentes dos vividos em Tóquio, numa competição muito marcada pelo contexto de pandemia de covid-19.

O vice-presidente do CPP, que sucede a Leila Marques na chefia de missões paralímpicas, lembrou que os Jogos Tóquio2020, disputados em 2021, “foram, devido ao contexto de pandemia, muito difíceis para as missões olímpica e paralímpica”.

Em Paris, Luís Figueiredo, que em Tóquio foi diretor executivo da missão, antevê “uns Jogos abertos” e destaca a “proximidade com a comunidade portuguesa” na capital francesa.

“Vamos ter outros níveis de exigências”, afirmou Luís Figueiredo, destacando as sinergias “muito válidas” ente o CPP e o Comité Olímpico de Portugal, responsável pela missão olímpica.

Depois de ter sido anunciado na segunda-feira como chefe de missão, Luís Figueiredo assume a vontade de continuar o trabalho iniciado pelo CPP logo após os Jogos Tóquio2020, quando foram “iniciados os contactos com as federações que estavam envolvidas no projeto paralímpico”.

“Têm sido feitas várias reuniões com as federações, que agora vão continuar com outra estrutura, uma vez que a missão já está iniciada”, disse Luís Figueiredo, destacando o trabalho que tem sido desenvolvido pelo antigo atleta Carlos Lopes, responsável pelo projeto paralímpico Paris2024, depois de ter desempenhado as mesmas funções no projeto Tóquio2020.

Com o ciclo paralímpico encurtado em cerca de um ano devido ao facto de os Jogos Tóquio2020 terem sido disputados em 2021, Luís Figueiredo assume que “a velocidade vai ter de ser maior”, mas não quer, para já, avançar com previsões sobre modalidades e número de atletas qualificados.

Luís Figueiredo garantiu que em relação a questões financeiras “tudo está a correr dentro do previsto”, lembrando que, pela primeira vez, “existe uma equiparação entre as realidades paralímpica e olímpica de todas as condições de bolsas e de preparação desportiva”.

As verbas disponibilizadas para o ciclo paralímpico Paris2024 tiveram um aumento de 32,9% em relação ao ciclo Tóquio2020, subindo de 6,92 para 9,2 milhões de euros.

Ao chefe de missão Luís Figueiredo juntam-se Jorge Correia, tesoureiro do organismo, que assumirá o cargo de diretor executivo da missão, e Sandro Araújo, um dos vice-presidentes do comité, que será o diretor de comunicação e protocolo.

Nos Jogos Paris2024, que decorrem entre 28 de agosto e 08 de setembro, Portugal vai somar a sua 12.ª participação em Jogos Paralímpicos, a 11.ª consecutiva, competição na qual soma um total de 94 medalhas: 25 medalhas de ouro, 30 de prata e 39 de bronze.