A China, afastada dos 4x100 metros de atletismo feminino, depois de a organização permitir que os Estados Unidos repetissem a sua corrida, numa decisão sem precedentes, considerou a situação “enormemente injusta”.

“É enormemente injusto deixar os Estados Unidos correr sozinhos, sem rivais ou problemas, de forma muito diferente da competição das outras equipas”, referiram fontes da equipa chinesa, em declarações à agência Xinhua.

A China acabou fora da final, que se realiza hoje, com o nono melhor tempo (42,70 segundos).

Inicialmente, a seleção dos Estados Unidos, atual campeã olímpica, tinha sido desqualificada depois de ter deixado cair o testemunho na altura da entrega de Allyson Felix a English Gardner.

A federação norte-americana apresentou protesto, alegando que, na altura na entrega do testemunho, Felix foi tocada por uma atleta brasileira.

“Apresentado o protesto, os juízes entenderam que a atleta norte-americana foi obstruída na troca [de testemunho]. A seleção dos Estados Unidos terá oportunidade de voltar a disputar a meia-final sozinha ainda esta noite”, esclareceu a IAAF em comunicado.

O organismo aponta que os Estados Unidos “terão de bater 42,70 segundos” para se qualificarem para a final, e já numa terceira série, com a equipa norte-americana a correr sozinha, as atletas fizeram 41,77, o melhor tempo de todos.

As chinesas dizem ainda que, na série inicial, os Estados Unidos deixaram cair o testemunho por culpa própria e não devido a qualquer obstrução das brasileiras, enquanto a velocista Liang Xiaojin perguntou: “onde que está a limpeza no desporto?”.