Em contagem decrescente para os Jogos Olímpicos de Tóquio e com a pandemia a não dar sinais de abrandar, o Comité Olímpico Internacional continua a envidar esforços para que Tóquio 2020 não volte a ser adiado ou mesmo cancelado, um esforço que poderá envolver as vacinas contra a COVID-19, que já estão a ser administradas em muitos países do mundo, Portugal incluído.
De acordo com o jornal britânico 'The Guardian', o Comité Olímpico Internacional (COI) está a analisar formas de garantir que os atletas participantes nas olimpíadas façam parte das próximas fases de administração da vacina à volta do mundo.
Fontes do COI afirmaram ao jornal que não querem 'furar a fila', mas que têm a esperança que os atletas sejam dos primeiros a serem vacinados depois dos trabalhadores essenciais e daqueles mais vulneráveis.
Um dos membros do Comité já expressou publicamente estar a favor da vacinação prioritária dos atletas olímpicos. Dick Pound, o mais antigo membro do COI disse ao canal britânico 'Sky News' que não considera que a decisão possa provocar "protestos públicos".
"No Canada - onde devemos de ter 300 ou 400 atletas - tirarmos 300 ou 400 vacinas de vários milhões para termos o Canadá representado num evento internacional desta estatura, caráter e nível, não acho que causará qualquer tipo de protestos públicos", afirmou.
De recordar que, em novembro, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional , afirmou que exigir que a vacina fosse obrigatória para os atletas presentes nos Jogos "seria ir longe demais", apesar do COI incentivar a que os atletas se vacinem.
A capital japonesa, que recebe os Jogos Olímpicos de 2020 a partir do próximo dia 23 de julho, ficou ontem em estado de emergência durante um mês devido ao elevado número de casos de COVID-19 detetados diariamente. Tóquio registou, só na última quarta-feira, 1591 novos casos, registando um quarto do total de casos no país.
Os Jogos da XXXII Olimpíada estavam inicialmente marcados para o verão de 2020, em Tóquio, mas acabaram por ser adiados em um ano devido à pandemia de COVID-19. Apesar da pandemia não dar sinais de abrandar, o COI expressou "total compromisso e confiança" no sucesso de uma organização “em segurança” dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, no passado mês de dezembro.
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