A natação é uma das modalidades olímpicas mais apaixonantes e uma das que Olimpíada após Olimpíada faz cair recordes. Ao final desta tarde de domingo aconteceu por duas vezes, com duas medalhas de ouro e dois novos recordes mundiais nos 100 metros bruços femininos e masculinos.
Mas mais do que as provas, é o cenário que deslumbra quem entra pela primeira vez no Centro Aquático destes Jogos Olímpicos. A piscina pode considerar-se a tradicional, de 50 metros, mas o que envolve a piscina é simplesmente magnífico.
As bancadas assemelham-se às de um estádio de futebol. Aliás, essa pode ser mesmo a melhor descrição. Ao entrarmos para um dos topos, parece que estamos num estádio de futebol. Mas em vez de relva, lá em baixo, está a água azul e cristalina. O teto ajuda a este cenário surpreendente: uma pala em curva percorre todo o complexo, dando-lhe um ar moderno e vanguardista, mas que contribui, e muito, para o ambiente.
E para isso também são importantes os adeptos nas bancadas. E pelo menos neste terceiro dia de jogos, segundo de finais, eles não faltaram. Os britânicos apoiam os seus atletas euforicamente desde o primeiro segundo em que tocam a água, e americanos e australianos não lhes ficam atrás quando são os seus atletas a chegar na frente.
Mas nem uns nem outros puderam fazê-lo na última prova da noite e uma das mais emblemáticas, digo eu, desta Olimpíadas: os 4 × 100 metros livres masculinos. Aí, a festa, inesperada, foi francesa. E para isso muito contribui um tal de Yannick Agnel.
Ninguém o viu, mas o certo é que depois de 350 metros de total domínio de superioridade dos Estados Unidos da América (em que Phelps deu o seu precioso contributo), o gaulês apareceu que nem uma bala para os últimos metros e deixou “a boiar” Ryan Lochte, a mais recente estrela da equipa americana.
Conclusão: medalha de ouro para a improvável França, com Estados Unidos e Rússia a ficarem relegados para a prata e bronze, respetivamente. É a magia da natação!
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