A empresa Artel Recursos Humanos, contratada para prestar o serviço de revista nos locais de competição dos Jogos Olímpicos e na Aldeia Olímpica, no Rio de Janeiro, rescindiu o contrato.
Eram necessários mais de 3.000 agentes privados para o serviço, mas tinham sido contratados apenas 500, por a empresa não ter dinheiro para contratar pessoal.
A rescisão acontece numa altura em que várias delegações olímpicas já estão na cidade 'carioca' para o maior evento desportivo do mundo, que começa dentro de uma semana.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, adiantou que a empresa "será multada e responsabilizada, por essa, não só, incompetência, mas por essa irresponsabilidade de cadastrar 3.000 pessoas e de apenas chamar 500, alegando dificuldades financeiras".
De acordo com o governante, que falava hoje no Rio de Janeiro, vão ficar responsáveis pelo serviço agentes da Força Nacional de Segurança, incluindo militares aposentados nos últimos cinco anos, que já estavam cadastrados.
"Os Jogos Olímpicos não sofrerão nenhum prejuízo, porque será uma substituição melhor, por policiais militares que se incorporarão à Força Nacional e realizarão, em conjunto, 100% da segurança dos locais olímpicos", frisou.
Alexandre de Moraes recordou que, inicialmente, a Força Nacional faria apenas a segurança em áreas externas, mas depois recebeu a atribuição de atuar dentro das áreas olímpicas, fazendo a segurança interna, e agora assume também as revistas.
O ministro sugeriu ainda ao Comité Olímpico que, nas próximas competições, reveja a necessidade de contratação de uma empresa privada para a segurança das arenas.
De acordo com o governante, nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres, o mesmo problema foi detetado com 30 dias de antecedência e forças militares inglesas acabaram igualmente por assumir a função.
Os Jogos Olímpicos Rio2016 têm lugar de 05 a 21 de agosto e a segurança tem sido uma das maiores preocupações, não só devido ao crescente fenómeno de terrorismo no mundo, mas também à criminalidade violenta existente no Brasil.
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