Os Jogos Olímpicos reúnem sempre milhares de atletas. É, talvez, a maior concentração de talento do Mundo. Ainda assim, há aqueles que estão além. Superatletas, de quem se espera aquilo que mais ninguém pode alcançar. Usain Bolt, Michael Phelps e Yelena Isinbayeva são três desses casos.
Em 2008, em Pequim, o jamaicano tornou-se o homem mais rápido do Mundo. As marcas ainda continuam lá. Arrecadou três medalhas de ouro (100m,200m e 4x100m), mas foi mesmo o recorde dos 100 metros que mais marcou a competição: 9,69 segundos, um tempo relâmpago que fez jus ao seu apelido (Bolt significa relâmpago). Zidane disse que ele «é um dream team só por si».
Só que de lá para cá, Bolt sofeu alguns revezes, começando em 2011, quando uma falsa partida nos Mundiais de atletismo em Daegu, nos 100 metros, lhe tirou uma medalha. E depois aparecer o seu compatriota Yohan Blake, que chega a Londres como o seu maior rival. Este ano já bateu Bolt nas duas distâncias e detém as melhores marcas do ano (9,75s e 19,80s).
Dentro de água, Phelps é rei. A Bala de Baltimore chega a Londres anunciando que, aos 27 anos, vai deixar as braçadas. Que é como quem diz, reformar-se. De há quatro anos, traz o impressionante recorde de oito medalhas de ouro, batendo o nadador Mark Spitz. Há grande expectativa para ver o que o nadador norte americano pode fazer, ele que tem no seu compatriota Ryab Lochte, talvez, o maior rival. E se se pensa que para Phelps já não há mais recordes, é errado. Com um total de 16 medalhas conquistadas, o nadador está a três de superar a ginasta Larissa Latynina, que tem 18.
Para a russa Yelena Isinbayeva, o céu parece ser o limite. Aos 30 anos, a saltadora já acumulou 24 recordes mundiais. O ano de 2008 foi de sonho, ao estabelecer o recorde de salto com vara em 5,06 metros em Pequim. Além do ouro, mais do que garantido, Isinbayeva colocou a sua fasquia ainda mais alta e parece que só ela pode bater o seu recorde. Em 2005, tornou-se a primeira mulher a passar a barreira dos 5 metros e agora é esperar para ver até onde pode ir em Londres. Nestes quatro anos de intervalo entre olimpíadas, o ano de 2009 foi talvez o pior, quando nos Mundiais de Berlim a russa falou todos os saltos e ficou de fora das medalhas.
Apesar de serem superatletas, os três tiveram quebras. Como nada é perfeito, estas pequenas falhas tornam mais emocionante ver o que cada um deles, na sua especialidade, pode fazer em Londres2012. Independentemente de tudo, já garantiram o seu lugar na história.
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