A Justiça francesa está a investigar desde dezembro suspeitas de corrupção na atribuição dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e de Tóquio em 2020, confirmou hoje fonte judicial, citada pela agência France Presse.
O inquérito está a ser conduzido pela Procuradoria Nacional Financeira, que integra o Ministério Público francês e é encarregado da investigação de crimes económicos em França.
“Tratam-se nesta fase de verificações” para averiguar se foram cometidas infrações, indicou a mesma fonte.
A investigação decorre de outra, iniciada em novembro, por suspeitas de corrupção, aberta ao antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) Lamine Diack.
De acordo com a agência de notícias francesa, que cita o jornal britânico The Guardian, os investigadores suspeitam que Diack, também membro do Comité Olímpico Internacional (COI) de 1999 a 2013, tenha servido de intermediário juntamente com o seu filho, Papa Massata Diack, para favorecer cidades candidatas à organização dos Jogos Olímpicos.
Lamine Diack foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e conspiração.
O seu filho, antigo conselheiro de marketing da IAAF, irradiado pela Comissão de Ética da federação, é objeto de um mandado de prisão internacional da Interpol.
O antigo patrão da IAAF, que num primeiro momento apoiou Istambul para acolher os Jogos Olímpicos de 2020, terá mudado de opinião depois de a organização que tutela o atletismo mundial ter assinado um contrato vultuoso com um patrocinador japonês.
A atribuição dos Jogos Olímpicos ao Rio de Janeiro deste ano foi decidida em 2009 e a escolha de Tóquio foi anunciada em 2013.
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