Mário Santos destacou hoje que a canoagem portuguesa “dobrou” em Londres2012 os melhores resultados olímpicos desde que se estreou na competição, com quatro Finais A e uma prata, mas não se sente «salvador da pátria».
«Já desde 1988 que vamos a Jogos Olímpicos e tínhamos apenas duas finais. Dobrámos esse resultado apenas numa presença», afirmou o presidente da federação da modalidade, que é simultaneamente Chefe da Missão Portuguesa em Londres2012, numa altura em que Teresa Portela ainda pode fazer Portugal voltar a brilhar sábado, na Final A de K1 200 metros.
Até hoje, a canoagem portuguesa tinha como melhores resultados olímpicos um sexto lugar de José Garcia em K1 1000 nos Jogos de Barcelona92 e um sétimo de Emanuel Silva, também em K1 1000, em Atenas2004.
Há oito anos na presidência da Federação Portuguesa de Canoagem, diz que não se sente «insubstituível» ou «salvador da pátria» e garante que a «última palavra» na condução da modalidade pertence ao movimento associativo.
«Em fim de ciclo, penso que conseguimos nos últimos oito anos marcar uma posição e elevar a fasquia: sermos uma referência no desporto nacional e tornar a canoagem portuguesa uma referência a nível internacional», destacou.
Mário Santos não se mostrou surpreendido com os resultados alcançados pela canoagem portuguesa em Eton Dorney, a 40 quilómetros de Londres, garantindo que eles demonstram o «muito trabalho» que tem vindo a ser desenvolvido.
«Há muito que sabemos que temos capital para chegar aqui e fazer um resultado como este. Felizmente, conseguimos aqui, na hora certa, prová-lo e demonstrá-lo dentro de água. Os resultados medem-se em medalhas, em finais e meias-finais. Trazer aqui cinco barcos, quatro vão a Finais A e o outro a uma final B, sendo o primeiro a ficar fora, é um sinal claro da nossa evolução», disse.
O resultado deverá começar já a ser medido no aumento de praticantes em Portugal, até porque o presidente da FPC já sente que há muito jovens que estão a procurar a modalidade e a dar as primeiras pagaiadas.
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