A ministra do Interior britânica reiterou hoje desconhecimento dos problemas da empresa privada em fornecer seguranças para os Jogos Olímpicos até quarta-feira passada, quando foi anunciado um reforço do número de militares.
«A G4S assegurou-nos repetidamente de que eles ultrapassariam os objetivos», afirmou Theresa May aos deputados, num período de questões de emergência convocado para discutir o assunto.
A ministra compareceu no parlamento a pedido do partido Trabalhista, da oposição, que acusou a ministra de ter ignorado sinais de alarme anteriores e de ter falhado em se aperceber do problema até duas semanas antes da abertura do evento, a 27 de julho.
Segundo May, a empresa, que deveria fornecer cerca de 10.000 seguranças para proteger os recintos desportivos, e que contava contratar 13.700 para cobrir ausências, teve problemas com o calendário de recrutamento.
«A G4S só disse ao governo que eles seriam incapazes de respeitar os seus compromissos contratuais na passada quarta-feira e nós agimos imediatamente», garantiu.
O governo anunciou na semana passada que iria mobilizar mais 3.500 militares para trabalhos como o controlo e revista dos espetadores devido às dificuldades da empresa no recrutamento e formação de milhares de seguranças.
Este contingente juntar-se-á aos 13.500 soldados que já estavam previstos participar na operação de segurança durante os Olímpicos, não só junto aos recintos desportivos, mas também em funções como desarmamento de explosivos e vigilância.
Em consequência, a G4S, que tinha assinado em 2010 um contrato no valor de aproximadamente 280 milhões de libras (356 milhões de euros) conta ser penalizada 50 milhões de libras (64 milhões de euros).
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