Em declarações à Lusa à margem da partida de Nelson Oliveira e João Almeida para a prova de fundo de ciclismo de estrada, no Parque Musashinonomori, em Chofu, nos arredores de Tóquio, o governante mostrou-se expectante quanto aos “dias de competição e superação” até 08 de agosto.
“Poder estar com o Nelson e o João é muito significativo. São grandes atletas. É esperar que, sem equipa, possam trabalhar para se superarem e demonstrarem os grandes atletas que são”, declarou.
Confesso amante de ciclismo, o ministro trocou histórias com a dupla portuguesa em prova, primeiros lusos em ação na capital nipónica, depois de ter sido adido da Missão em Londres2012 e ter representado o Governo já no Rio2016.
Com Nelson Oliveira, que faz o mesmo ‘tri’ olímpico, recordou a corrida de estrada da prova britânica ou a passagem da Volta a França pelo Reino Unido, não se contendo em elogios para “um grande campeão” como João Almeida, “numa fase mais inicial da carreira”, e para o especialista em contrarrelógio, “já uma certeza do ciclismo nacional”.
“A distância do contrarrelógio é muito apropriada para o Nelson, e o João também, pela força que tem”, analisou, lançando já a prova de quarta-feira, especialidade na qual Oliveira conseguiu um sétimo lugar no Rio2016.
Brandão Rodrigues representou o Governo na Cerimónia de Abertura, na sexta-feira, no Estádio Nacional, uma sessão “muito impressionante, muito tecnológica”, mas que não conseguiu escapar aos constrangimentos causados pela pandemia de covid-19, que adiou o evento para este ano.
“Não sendo desolador, é triste ver um estádio vazio e que aquele espetáculo está a ser feito para a televisão. E os atletas também sentem. Sentem que tudo aquilo é para eles, de certeza que mais atletas, corpo médico e técnico gostariam de estar. Mas é importante celebrar e mostrar ao mundo o que o movimento olímpico dá”, comentou.
À margem do ciclismo, a mensagem no geral para todos os 91 atletas, lamentado que está o “infortúnio” do surfista Frederico Morais, positivo à covid-19 e por isso ausente, é o elogio: são “grandes atletas”.
“O grande objetivo é que se possam superar. Se cada um dos atletas pudesse fazer o momento cimeiro do ciclo olímpico nos Jogos, significaria muito, com vice-campeões do mundo, um bicampeão do mundo, campeões europeus e atletas com grandes marcas. Significaria grandes resultados”, analisou.
O governante com a tutela do desporto, que vai ainda hoje visitar outros atletas à margem do primeiro dia de provas com participação lusa, destacou um olhar para canoagem, judo e atletismo, além dos novos desportos, como possibilidades.
“[É] poder olhar para todos eles, e para todos os atletas para quem só estar aqui já foi uma grande vitória, porque se superaram. Nestes Jogos cheios de atipicidade, que mostrem que são grandes atletas e que representar Portugal é também para eles um momento cimeiro”, considerou.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 abriram oficialmente na sexta-feira, com a Cerimónia de Abertura, e prolongam-se até ao dia 08 de agosto.
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