A surfista portuguesa Teresa Bonvalot admitiu hoje ter concretizado o esperado objetivo de se qualificar pela segunda vez para os Jogos Olímpicos, sem que a distância de Paris tire o significado à competição.

“A qualificação para os Jogos de 2024 era um objetivo. Já tinha isso em mente depois dos Jogos em Tóquio e poder ter tido este ‘check’, é mais um sonho tornado realidade… poder estar nos meus segundos Jogos, poder lutar e levar a bandeira ao mais alto nível. Acho que é dos maiores sonhos para qualquer atleta e eu estou supercontente e supermotivada para tal”, afirmou a cascalense, em declarações à agência lusa.

Teresa Bonvalot assegurou uma das oito vagas olímpicas atribuídas através do circuito mundial da Liga Mundial de Surf (WSL), juntamente com a francesa Johanne Defay, a costa-riquenha Brisa Hennessy e a brasileira Tatiana Weston-Webb, enquanto as restantes quatro vão distribuídas entre as norte-americanas e as australianas em competição.

As competições de surf de Paris2024 vão ser disputadas na Polinésia Francesa, na Oceânia, mas, nem isso, deve tirar a ‘magia’ ao feito.

“Eu acho que faz [diferença], mas é a realidade e nós temos de olhar para o que temos e para o que é e para o que vai haver. Desta forma, vai ser um bocadinho longe da cidade olímpica, de tudo, mas acredito também há de ser algo muito especial e esperemos que as ondas também estejam perfeitas”, vincou.

As ondas de Teahupoo, palco habitual de etapas do circuito mundial de surf, não vão ser novidade para Bonvalot.

“Estive no ano passado, num estágio com a Red Bull, em que o ‘mindset’ dessa viagem foi mesmo o treino para os Jogos. Foi a minha primeira vez lá, a minha primeira vez em Teahupoo, uma onda supercaracterística e que requer também muito treino, daí a minha ida e acredito também ir lá mais vezes antes dos Jogos”, explicou.

Com uma das duas vagas possíveis asseguradas, Teresa Bonvalot está disponível para lutar por mais uma para Portugal, seja nos Mundiais ISA de 2023, em El Salvador, entre 30 de maio e 07 de junho, e 2024, em Porto Rico.

“Claro que sim, eu acho que das coisas que também mais quero é ter uma equipa à minha volta, ter mais portugueses a qualificar-se. O ideal e o ‘outcamp’ perfeito para mim era ocuparmos as vagas todas. Acho que aí demonstraríamos mesmo a qualidade dos portugueses, a qualidade do surf português. Acho que é o retorno do nosso trabalho. Esse acaba por ser um segundo objetivo”, referiu a surfista lusa, assumindo a sua disponibilidade.

Em Tóquio2020, além de Bonvalot, o surf português esteve também representado por Yolanda Hopkins, que terminou no quinto lugar, enquanto Frederico Morais falhou a competição por, na altura, estar infetado com o coronavírus responsável pela pandemia de covid-19.

“Em qualquer momento, sinto que estou a defender o país e a levar a bandeira e a tentar representar Portugal, a minha nação, da melhor forma, tentando orgulhar sempre os portugueses. Neste caso, os Jogos são o maior evento do mundo […] … é um sonho, são os Jogos Olímpicos”, sublinhou.

E, por isso, Bonvalot, nona em Tóquio2020, reconhece o “privilégio” por ser totalista nas competições olímpicas de surf.

“Este sonho veio um bocadinho mais tarde, para nós, é a nossa segunda vez. Eu ter tido o privilégio de me ter qualificado para a primeira e agora estar qualificada para a segunda acho que é mesmo algo inédito e um sonho. Poder representar o país com muito mais atletas tem um sabor especial”, concluiu.

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