A portuguesa Mariana Machado lamentou hoje ter falhado a final dos 5.000 metros dos Jogos Olímpicos Paris2024, ao terminar a sua série na 11.ª posição, fora dos primeiros oito lugares que davam acesso à final.
"Foi muito especial, o público fez-se sentir de uma forma arrepiante, senti-me muito bem ao longo da corrida, tenho muita pena que a prova tenha sido tática, porque senti que estava em grande forma, as sensações foram muito boas, mas os ritmos da corrida são coisas que nós muitas vezes não controlamos", afirmou no final a corredora bracarense, 28.ª na classificação geral.
Mariana Machado, de 23 anos e estreante em Jogos Olímpicos, lamentou o facto de ainda não ter a noção perfeita do controlo das corridas, já que se sentia em condições para fazer melhor.
"Senti que ainda não estava na altura de assumir a corrida e mandar-me à frente para impor um ritmo mais rápido que me favorecesse, mas, ainda assim, tive boas sensações, acabei forte. Tenho pena de não sair daqui com um resultado bastante melhor, porque tenho a noção e a certeza de que estou a valer o meu recorde pessoal", acrescentou a atleta, que concluiu a prova com um tempo de 15.23,26 minutos, ainda longe do seu recorde pessoal (15.05,77).
A atleta, que ficou a 23,62 segundos do oitavo lugar, o último que dava acesso à final de segunda-feira, admitiu ainda que poderia ter arriscado e ter-se lançado para a frente quando o grupo alterou o ritmo, mas preferiu manter-se no grupo em que seguia.
"Eu podia ter arriscado quando o grupo mudou de ritmo, mas deixei-me estar no segundo grupo, que era onde sentia seguirem as adversárias à minha altura. A verdade é que a faltar duas voltas senti completamente que estava superior a elas e ataquei a faltar 500 metros e ainda fui buscar uma atleta que estourou. Podia ter arriscado, não arrisquei, porque achei que não estava preparada para aquela mudança de ritmo, sou uma atleta mais resistente e não tanto para essas mudanças de ritmo", acrescentou.
Apesar da eliminação, Mariana Machado disse estar muito satisfeita com a experiência: "Foi muito boa, só espero voltar. Estar aqui significa que somos as melhores do mundo, mas estar ao nível das melhores das melhores ainda não estou, mas espero um dia conseguir estar lá", finalizou.
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