Melanie Santos não teve o resultado de que estava à espera na prova individual feminina de triatlo de Paris2024, na qual foi 45.ª classificada, mas já pensa na estafeta mista de 05 de agosto.
“Não foi o resultado de que estava à espera, não foi o resultado para que trabalhei”, disse, emocionada, precisando de ‘respirar’ antes de continuar.
Melanie Santos foi 45.ª, a 08.53 minutos da vencedora, a francesa Cassandre Beaugrand, que conquistou o ouro em 01:54.55 horas.
“Foi uma prova em que correu logo mal desde o início, mas tentei manter a cabeça fria, lutar até ao final. Sem dúvida, foi um dia mau, mas ao mesmo tempo há uma segunda oportunidade. Eu acho que é isso, é focarmo-nos agora na estafeta”, referiu aos jornalistas na zona mista da Ponte Alexandre III.
A triatleta de 29 anos garante que, “apesar de ter sido um dia mau”, se sente “bastante preparada” e que agora “é bola para a frente e focar na equipa e dar o melhor”.
“Porque eles merecem, o Ricardo [Batista], a Maria [Tomé] e o Vasco [Vilaça]. Lutámos muito para ter esta qualificação, a nossa estreia. Acho que temos uma equipa bastante forte e preparada, apesar de ter sido um mau dia para mim. Estou confiante de que no dia 05 vamos estar todos muito fortes e preparados, tanto mentalmente, emocionalmente e fisicamente”, assegurou.
Hoje, Melanie Santos encontrou um segmento de natação que tinha “muita corrente”, pelo que o lugar de partida “influenciava muito”.
Apesar de ter partido bem, ao chegar às boias levou “muita porrada”, acabando mesmo por sofrer uma penalização de 15 segundos.
“Eu falhei uma das boias, porque a boia da segunda volta estava a mexer bastante, havia raparigas debaixo da boia, não dava para passar. Eu quase - não é bem correto dizer - que optei por não ir à boia, tentar colar no grupo e depois jogar com esse ‘penalty’ na corrida. Depois o capacete caiu, também não ajudou”, revelou.
Em suma, foi um “daqueles dias em que tudo começa a correr mal”, mas em que é preciso “erguer a cabeça e lutar até ao final”.
“Como eu disse, não foi o resultado que eu queria, mas estou bastante contente de ter lutado até ao final”, destacou.
Sobre as questões levantadas sobre a qualidade da água do Rio Sena e o possível adiamento da prova, como aconteceu com a masculina, que devia ter sido na terça-feira, mas apenas se disputou hoje, Melanie Santos confessou ter sido “um processo duro”.
“Sei que nós, atletas de alto rendimento, estamos habituados a este jogo mental de vai, faz, não faz, mas é sempre duro, mas é o que é. É como o jogo é, são as cartas que temos e temos de tentar focar nisso e fazer o nosso trabalho”, concluiu.
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