O português Gustavo Ribeiro garantiu que “nada acaba” com a queda nas eliminatórias de street nos Jogos Olímpicos Paris2024, admitindo que o skate por vezes é injusto e hoje não funcionou para si.
Depois de ter sido oitavo em Tóquio2020, Gustavo Ribeiro acabou por não conseguir chegar à final, facto consumado logo após a sua série, quando ocupava provisoriamente o 13.º posto, com 142.14 pontos, já longe do oitavo classificado, último lugar de acesso à final.
“O skate, às vezes, é um pouco injusto, podes trabalhar durante anos, mas acordas num dia um pouco mais errado e, às vezes, as coisas não funcionam. Senti que hoje era o meu dia, estava bastante preparado, mas infelizmente não consegui andar de skate da maneira que eu queria. Apesar de tudo, tentei lutar até ao fim, mas, às vezes, como disse, as coisas não funcionam”, disse.
Visivelmente desiludido, Gustavo Ribeiro assumiu que não foi o seu dia, “mas nada acaba aqui”.
“Ainda falta uma longa caminhada. Sou bastante novo, tenho ainda muitas oportunidades”, garantiu o almadense, de 23 anos.
Gustavo Ribeiro disse que o facto de a sua prova ter sido adiada no sábado, devido à chuva, não o afetou em demasia, nem a pressão de ser considerado um dos possíveis medalhados da comitiva lusa, objetivo que ele próprio assumiu.
“Eu acho que, às vezes, acabo por meter um bocadinho de pressão em cima de mim mesmo, sempre disse e sei que funciono bastante bem com a pressão. Às vezes, a coisa não funciona, hoje infelizmente não funcionou, queria bastante, mas agora é levantar a cabeça e continuar no nosso caminho”, referiu.
Depois de ter caído na primeira ‘run’ de duas, Gustavo Ribeiro viu a sua segunda ser afetada por um operador de câmara, que levou à repetição da mesma, na qual teve nova queda, que praticamente o afastou da final, mas o português não gosta “de ter desculpas em nada”.
“Até pensei que eles não me iam dar uma oportunidade para repetir a ‘run’, felizmente deram-me, mas não consegui completar a minha ‘run’. Mas acho que não me afetou bastante, estava talvez um bocadinho pressionado a mais, talvez a minha cabeça não estivesse no sítio hoje”, reconheceu.
Sobre a estratégia para a prova, Gustavo Ribeiro disse que entrou “com tudo o que tinha”, algo que acreditava que lhe daria um lugar na final.
“Sei que a minha ‘run’ era uma das mais técnicas, sei que se acertasse a ‘run’ e acertasse o meu plano, geralmente entrava nos três primeiros para a final. Os treinos correram bem, mas não consegui completar o meu plano infelizmente”, lamentou.
Gustavo Ribeiro agradeceu o apoio dos portugueses nas bancadas do parque urbano de La Concorde – pensava que “ia estar um bocadinho menos gente de Portugal” –, pedindo desculpa pela sua prestação.
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