Os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista cumpriram hoje o objetivo de avançar diretamente para as meias-finais do K2 500, prova em que são campeões mundiais, revelando à Lusa terem tido boas sensações na estreia em Paris2024.

“O nosso objetivo era passar direto, fazer menos uma prova. À tarde, podemos estar a descansar e ver o resto dos adversários a competir”, congratulou-se João Ribeiro, em declarações à agência Lusa, na zona mista do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne.

Os canoístas portugueses cumpriram a prova em 1.28,10 minutos, sendo batidos apenas pelos alemães Jabob Schopf e Max Lemke (1.28,03), numas eliminatórias em que os dois primeiros seguiam para as meias-finais e os restantes para os 'quartos'.

“O outro objetivo era ter boas sensações, fazer uma boa prova, para entrar com o pé direito e acho que conseguimos fazer uma boa regata. Perdemos ali por um pouquinho com os alemães, mas as provas de K2 500 são assim. Hoje, perdemos nós, amanhã podemos ganhar, por isso é estar de cabeça erguida e continuar a trabalhar”, notou Ribeiro.

Já Messias Baptista, negou que os dois tivessem doseado o esforço quando perceberam que iriam passar diretamente para a meia-final, mas reconheceu que “pelo menos inconscientemente” uma eliminatória é sempre uma prova em não dão “os 110%”.

“Damos só 100% e, na sexta-feira, na semifinal e na final, será completamente diferente”, pontuou, depois de uma eliminatória em que o vento “estava um bocado mais de lado”, ao contrário do que é habitual no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, onde “costuma estar de costas ou na diagonal”.

A participar pela segunda vez em Jogos Olímpicos, Messias Baptista garante que a dupla lusa está preparada para “qualquer condição” de competição.

Os canoístas portugueses vão disputar as meias-finais de K2 500 na sexta-feira, pelas 11:10 locais (10:10 em Lisboa), com a final agendada para as 13:30 (12:30).

“Nós trabalhamos todos os dias para ganhar a toda a gente, sem dúvida, mas temos de pensar passo a passo. Estávamos a pensar na eliminatória, está feita. Agora, é a meia-final”, respondeu Ribeiro, ao ser questionado sobre as perspetivas de medalha.

O canoísta de 34 anos, a cumprir a terceira participação olímpica, defendeu que “a meia-final será uma autêntica final”.

“Nós estivemos a ver na startlist e há 12, 13 barcos que podem claramente tirar uma medalha e só passam quatro de cada meia-final, por isso será uma meia-final muito dura, onde temos de estar ao nosso melhor para conseguir passar”, avaliou.