A neerlandesa Sifan Hassan, atual campeã olímpica de 5.000 e 10.000 metros, 'eleva a parada' para Paris2024 e também vai alinhar na maratona, procurando um feito nunca antes conseguido por uma mulher.

Sifan desfez hoje as dúvidas que ainda poderia haver e confirma, em conferência de imprensa, que o objetivo é mesmo a 'tripla', conseguida com sucesso apenas uma vez nos Jogos - em 1952, em Helsínquia, com o checoslovaco Emil Zatopek.

A missão, de um total de 62,195 quilómetros, prevista para dez dias, começa já na sexta-feira, com as séries de 5.000 metros, com final agendada para segunda-feira. Depois, em 09 de agosto, correm-se os 10.000 metros e volvidos dois dias a maratona.

"Estou bastante curiosa em ver no que isto dá, correr a maratona depois de apenas um dia de descanso... vamos ver", disse a atleta, de 31 anos.

De fora fica a participação nos 1.500 metros, para a qual também se inscreveu. "Se fosse, ia correr quatro noites de seguida, o que é muito complicado para dormir em condições", explicou Sifan.

Tanto nos Jogos Olímpicos de há três anos em Tóquio como nos Mundiais de Budapeste de 2023, a atleta neerlandesa conjugou as participações em 1.500, 5.000 e 10.000 metros, com assinalável sucesso.

No Japão, arrecadou dois ouros (5.000 e 10.000) e bronze (1.500) e na Hungria conseguiu prata (1.500) e bronze (5.000), tendo caído no final dos 10.000, quando lutava pelas medalhas.

Agora, com a perda de velocidade, a troca dos 1.500 pela maratona parece óbvia, sobretudo pelos excelentes resultados em 2023, ano de estreia, sobretudo os 02:13.44 de Chicago, segunda melhor marca de todos os tempos.

Entre as suas maiores adversárias estão as recordistas mundiais Tigs Assefa, da Etiópia (2:11.53 na maratona), Guduf Tsegay, da Etiópia (14.00,21, nos 5000 metros) e Beatrice Chebet, do Quénia (28.54,14 nos 10.000 metros).