“Não consigo classificar se é melhor ou pior face ao Euro2020 [vitória lusa por 35-25]. Mudou alguns jogadores e isso altera a estrutura e, provavelmente, a maneira de jogar. A Suécia tem uma boa equipa e o seu valor, apesar das dificuldades que teve nos seus jogos. Independentemente da história e da qualidade dos jogadores, tudo pode acontecer neste evento”, observou o ‘guardião’, de 23 anos, em videoconferência de imprensa.
Os portugueses perderam com o Egito (31-37) e venceram o Bahrain (26-25), naquele que foi o primeiro triunfo luso oficial nos Jogos Olímpicos em modalidades coletivas de pavilhão, enquanto os nórdicos bateram os asiáticos (32-31) e o anfitrião Japão (28-26).
“A Suécia tem um contra-ataque muito forte e uma transição muito rápida. O ponta esquerda [Hampus Wanne] marca muitos golos e um dos centrais cria muitos desequilíbrios. Vamos descansar antes de começar a analisar e a pensar no jogo da Suécia, de forma a estarmos fortes e alcançarmos mais uma vitória”, observou.
Gustavo Capdeville atuou 40 minutos na segunda-feira e fez 13 defesas, perfazendo 43% de eficácia e ajudando Portugal a anular um longo período de desvantagem e a derrotar um Bahrain “humilde, trabalhador e aguerrido”.
“Quando chegámos tivemos uma palestra com a Telma Monteiro e ela avisou-nos logo que os Jogos Olímpicos são uma competição totalmente diferente, na qual não há favoritos, por mais que uma equipa seja líder do ‘ranking’ ou tenha sido campeã mundial. Qualquer um pode ganhar e está cá para tal. O Bahrain foi a prova viva disso”, lembrou.
Nos últimos segundos da partida, os asiáticos abanaram a barra da baliza portuguesa na execução de um livre de sete metros, lance que causou um “misto de emoções” para o guarda-redes luso face à urgência das duas seleções em somar os primeiros pontos.
“Fiquei muito feliz por saber que estávamos ainda mais perto da vitória, mas também um pouco triste pelo Bahrain, porque foi o segundo encontro em que poderia ter pontuado através de livres. Se calhar, não merecia pela luta que deram nos seus jogos”, admitiu.
Apesar de “alguns erros”, Gustavo Capdeville detetou melhorias no desempenho do conjunto de Paulo Jorge Pereira em relação a uma partida inaugural “menos boa” frente ao Egito, notando que os atletas “evoluem cada vez melhor e vão ficando entrosados”.
“Os guarda-redes não estiveram tão bem no primeiro jogo, mas todos temos dias menos bons. Quando acreditas no trabalho que tem sido desenvolvido, não há que perder confiança e a esperança. O trabalho está lá e as coisas vão fluir. No último jogo mostrámos que estamos cá e o primeiro jogo não nos abalou”, considerou.
Portugal, que ocupa a quarta e última posição de apuramento para a fase seguinte, com dois pontos, e Suécia, segunda colocada do Grupo B, com quatro, medem forças na quarta-feira, às 11:00 (03:00 em Lisboa), no Ginásio Nacional Yoyogi, em Tóquio.
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