A ciclista Raquel Queirós, representante portuguesa na prova de 'cross-country' olímpico (XCO) em Paris2024, partiu hoje para França, onde, no próximo domingo, espera melhorar o 27.º lugar conseguido na estreia, em Tóquio2020.
Aos 24 anos, a atleta, que será olímpica pela segunda vez, diz ser agora mais experiente do que há três anos e estar mais satisfeita com a preparação desenvolvida nos últimos meses.
"Trago muito boas memórias, fui muito feliz em Tóquio. Ainda era muito novinha, não tinha qualquer objetivo. Foi uma boa corrida da minha parte, acho eu. Sem dúvida que agora vou muito mais preparada e quero fazer melhor, mas domingo logo se vê. Vou dar tudo de mim e isso é o mais importante, espero deixar toda a gente orgulhosa", recordou, em entrevista à agência Lusa.
À chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Raquel Queirós mostrou-se expectante pela colina de Elancourt, ponto mais alto da região de Paris, onde, no próximo domingo, irá competir, mas também desfrutar da ocasião.
"Sinto-me muito feliz, um bocadinho ansiosa. Quero muito chegar, estar lá. Foram largos meses de preparação que vão ditar agora o que vai acontecer em Paris e estou muito feliz e orgulhosa", expressou.
Aos 24 anos, a ciclista natural de Vila do Conde pretende “desfrutar ao máximo” e promete “dar o melhor", com o objetivo de poder "orgulhar os portugueses".
"Não levo objetivos, quero só dar 100% de mim. Aconteça o que acontecer, quero estar orgulhosa de mim própria, trabalhei muito. Aconteça o que acontecer, vou estar feliz certamente", revelou.
Depois de ter conseguido recentemente um 21.º lugar na prova de elite na Taça do Mundo de BTT da Alta Saboia, a vencedora da primeira Volta a Portugal feminina e campeã nacional nas disciplinas de XCO e 'short track' (XCC) surge num excelente momento de forma, reconhecendo que os últimos indicadores são positivos e podem indiciar uma boa prestação.
"Sei que, neste momento, estou muito bem, mas é claro que toda a gente está no seu melhor nos Jogos Olímpicos. Toda a gente se prepara ao máximo. Esse 21º lugar na Taça do Mundo foi muito bom, fiquei mesmo muito contente. É sinal que o trabalho está a ser bem feito e nos Jogos vou dar o meu melhor. Logo se vê o que sai", explicou.
A qualificação olímpica portuguesa em XCO, com a vaga olímpica a ser conseguida "com segurança", face aos bons desempenhos de Raquel Queirós, mas também da sub-23 Ana Mafalda Santos, é, no entender da ciclista da BH Paloma, um "sinal de progresso" do ciclismo feminino em Portugal.
"É um sinal de progresso da modalidade no feminino, no ciclismo feminino. Cada vez somos mais, cada vez há mais talento, cada vez há melhores resultados. Isso ajudou a que o apuramento fosse desta vez muito mais fácil e com segurança conseguimos apurar. Depois, fui selecionada eu e é óbvio que fico contente com isso", disse, recordando também a felicidade de ter sido a eleita para ocupar a quota feminina.
A comitiva velocipédica feminina portuguesa fica completa com Maria Martins, que vai disputar o omnium no ciclismo de pista, e Daniela Campos, a prova de fundo de estrada.
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