O secretário de Estado da Juventude e do Desporto disse hoje que “em breve o país saberá qual o apoio” financeiro à preparação olímpica e paralímpica para Paris2024, que terá “o maior aumento de sempre”.

“Em breve, o país saberá qual o apoio do Estado à preparação olímpica e paralímpica a Paris2024. Segundo já anunciado pela ministra [adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes], será dos maiores, se não o maior, aumento de sempre ao financiamento à participação portuguesa nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos”, explicou João Paulo Correia.

O governante falava aos jornalistas em Oran, na Argélia, cidade em que hoje representará o Estado na cerimónia de abertura da 19.ª edição dos Jogos do Mediterrâneo e na qual acompanhará, nos próximos dias, a missão portuguesa, com 159 atletas em 20 disciplinas.

“O financiamento à preparação olímpica cresce mais de 16% face ao ciclo anterior. Na paralímpica, traduz a pretensão do Comité Paralímpico de Portugal”, garantiu.

Questionado sobre quão “em breve” será apresentada a verba, e assinado o contrato-programa, que a ministra-adjunta dos Assuntos Parlamentares remeteu apenas para este ano, explicou que “o ano de 2022 está a decorrer e o Orçamento do Estado foi aprovado há pouco tempo”.

Outra área “prioritária” é o estatuto do pós-carreira do atleta de alto rendimento, destacou, bem como “o investimento e alargamento da rede da UAARE”.

“Estamos a readaptar o financiamento do ciclo olímpico. Foi decidido no passado, com as entidades, que o financiamento ao ciclo olímpico terminava no ciclo seguinte. Este é o ano seguinte aos Jogos, por razões pandémicas, mas continua assegurado o financiamento à preparação. Agora será reforçado”, acrescentou.

Depois da estreia em Tarragona2018, a segunda participação mostra “o produto do trabalho de cerca de 80 clubes portugueses”, nos atletas presentes, e “um investimento do Estado e do Comité Olímpico de Portugal”.

Recordou o investimento nas Unidades de Apoio ao Alto Rendimento nas Escolas (UAARE), que agora chegam a mais de 700 atletas identificados como sendo de alto rendimento, e o investimento “grande” no desporto reflete um aumento em 2022.

Sobre as críticas do setor do desporto, entre elas numerosas da parte do Comité Olímpico de Portugal (COP), o secretário de Estado realçou um “espírito de abertura” do Governo a “todas as opiniões”.

“Se há coisa que o secretário de Estado do Desporto tem feito é marcar presença para dialogar. (...) Não fizemos ainda três meses de mandato”, defendeu.

Em maio, Ana Catarina Mendes garantiu que este ano serão assinados os contratos-programa para o ciclo 2023-2025, para Olímpicos e Paralímpicos, depois de Tóquio2020 ter tido uma verba a rondar os 18 milhões de euros, junto dos olímpicos, e de 6,1 milhões nos paralímpicos.

Nessa altura, o presidente do COP, José Manuel Constantino, mostrou-se “muito preocupado” com os atrasos e valores insuficientes, decorrentes das eleições antecipadas e do consequente adiar do OE.

Outras prioridades, entre as várias elencadas por João Paulo Correia, passam pelo combate à violência no desporto, o combate à manipulação de resultados e áreas relacionadas com “um modelo organizativo”, elogiando o COP por uma “parceria bem sucedida” e pela forma como cumpre a missão que lhe é destinada.

Os Jogos do Mediterrâneo Oran2022 arrancam hoje e decorrem até 06 de julho, com mais de três mil atletas de 26 países diferentes, incluindo 159 portugueses em 20 disciplinas.

Entre o contingente luso estão vários atletas olímpicos, como Evelise Veiga, Cátia Azevedo, Vera Barbosa, Tsanko Arnaudov, Tiago Pereira, Lorene Bazolo e Liliana Cá, a ginasta Filipa Martins, os atiradores Joana Castelão, Sara Antunes, João Costa e João Paulo Azevedo, os nadadores Ana Catarina Monteiro, Francisco Santos, Ana Rodrigues, Gabriel Lopes, Alexis Santos e Tamila Holub ou também os mesatenistas Jieni Shao e João Monteiro.

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