Faith Kipyegon revalidou hoje o título dos 1.500 metros femininos, travando o ambicionado ‘triplete’ de Sifan Hassan nos Jogos de Tóquio2020, cujo 14.º dia tornou Ma Long o mais laureado de sempre no ténis de mesa olímpico.

A queniana estabeleceu um novo recorde olímpico, de 3.53,11 minutos, e foi secundada com surpresa pela britânica Laura Muir, sendo que ambas aproveitaram na derradeira volta o cansaço acumulado pela fundista holandesa, campeã mundial da distância.

Sifan Hassan tinha arrancado a prestação no Japão a vencer os 5.000 metros e ainda vai disputar no sábado os 10.000 metros, prova na qual também é campeã do mundo, mas sem poder cumprir o ‘sonho’ de uma inédita série de três vitórias numa edição olímpica.

A bahamiana Shaunae Miller-Uibo também ‘bisou’ nos 400 femininos, ao fim de 48,36 segundos, seguida pela dominicana Marileidy Paulino e pela ‘lendária’ norte-americana Allyson Felix, que acrescentou o primeiro bronze a um palmarés com seis ouros e três pratas em cinco presenças olímpicas, além de múltiplos títulos mundiais na velocidade.

No dardo, a chinesa Shiying Liu arremessou até aos 66,34 metros e logrou o primeiro grande sucesso internacional da sua carreira, mostrando-se bem acima da concorrência da polaca Maria Andrejczyk e da australiana Kelsey-Lee Barber, campeã mundial.

Depois do segundo posto nos 10.000 metros masculinos, o ugandês Joshua Cheptegei conquistou o cetro nos 5.000, distância na qual é recordista mundial, com 12.58,15 minutos, face ao canadiano Mohammed Ahmed e ao norte-americano Paul Chelimo.

A Jamaica atestou a superioridade demonstrada nas provas femininas de velocidade e impôs-se na estafeta de 4x100 metros, em 41,02 segundos, tendo impedido o ‘tricampeonato’ dos Estados Unidos, prata, e relegado a Grã-Bretanha para o bronze.

Maior espanto configurou o triunfo da Itália nos 4x100 masculinos, conquistados pela Jamaica em Londres2012 e Rio2016, sobretudo por causa de um segmento notável de Lamont Marcell Jacobs, o sucessor da ‘lenda’ Usain Bolt nos 100 metros, ao transpor a meta em 37,50 segundos, deixando Grã-Bretanha e Canadá mais abaixo no pódio.

A dois dias da conclusão do programa olímpico de atletismo em Tóquio2020, os transalpinos igualaram mesmo os norte-americanos como a delegação mais laureada, ambas com cinco ouros, após um pleno nos 20 quilómetros marcha, em Sapporo.

Antonella Palmisano cumpriu o percurso em 1:29.12 horas, diante da colombiana Sandra Arenas, segunda, e da chinesa Liu Hong, campeã olímpica no Rio2016, terceira, numa prova em que a lusa Ana Cabecinha foi 20.ª colocada, a 04,56 minutos da italiana.

Com os mesmos quatro títulos e oito pódios da Jamaica segue a Polónia, que assistiu ao triunfo categórico de Dawid Tomala nos 50 quilómetros marcha, em 3:50,08 horas, num pódio completado pelo alemão Jonathan Hilbert e pelo canadiano Evan Dunfee, ao passo que o luso João Vieira foi quinto, a 1.20 minutos do vencedor, e teve direito a diploma.

Na tabela global de medalhas, os Estados Unidos (31 ouros em 98 pódios), dominadores nos últimos dois Jogos Olímpicos e sem qualquer dia na liderança em Tóquio2020, vão ensaiando a aproximação à China (36 em 79), que ficou em êxtase no ténis de mesa.

Com o triunfo sobre a Alemanha, por 3-0, na final por equipas masculinas, que teve o Japão em terceiro, Ma Long tornou-se o jogador mais ‘coroado’ em torneios olímpicos da modalidade, ao contar um quinto título e o terceiro a nível coletivo desde Londres2012.

Ma Long, de 32 anos, que já tinha derrotado o compatriota Fan Zhendong em singulares masculinos, completou essa ‘mão cheia’ com uma derradeira vitória sobre o também multimedalhado Timo Boll, celebrando o seu 35.º cetro em provas internacionais.

Afortunado também esteve o Canadá na final do torneio de futebol feminino, ao vencer a Suécia no desempate por penáltis (3-2, após 1-1 no prolongamento), assegurando um inédito troféu e impondo à congénere escandinava a segunda derrota seguida em finais.

Horas antes, e a um dia da final entre Brasil e Espanha, o México preencheu o degrau mais baixo do pódio no evento masculino, graças a uma vitória sobre o Japão, por 3-1.

No ciclismo de pista, a Grã-Bretanha ‘limpou’ o inédito evento feminino de ‘madison’, com 78 pontos, bem acima de Dinamarca, segundo, e Comité Olímpico da Rússia, terceiro.

O ‘sprint’ masculino foi decidido numa final 100% holandesa, com o bicampeão do mundo Harrie Lavreysen a bater Jeffrey Hoogland, após o britânico Jack Carlin ter sido terceiro.

Os Países Baixos isolaram-se ainda como recordistas de troféus no torneio feminino de hóquei em campo, ao arrebatar o quarto, graças a uma vitória na final com a Argentina, para destronarem a Grã-Bretanha, sua ‘carrasca’ há cinco anos, que completou o pódio.

No voleibol de praia, os Estados Unidos venceram a final do torneio feminino, ao derrotar a Austrália, por 2-0, com April Ross a saborear finalmente a medalha de ouro, depois do bronze no Rio2016 e da prata em Londres2012, após a Suíça ter completado o pódio.

Na despedida da escalada, uma das modalidades em estreia em Tóquio2020, a eslovena Janja Garnbret impôs-se às japonesas Miho Nonaka e Akiyo Noguchi no setor feminino.

O segundo dia do também estreante karaté premiou o anfitrião Ryo Kiyuna no concurso masculino de kata, enquanto a sérvia Jovana Prekovic, em -61 kg femininos, e o italiano Luigi Busa, em 75 kg masculinos, triunfaram em categorias da especialidade de kumite.

Se Cuba somou o terceiro título na classe masculina de peso pesado (81-91 kg) através de Julio La Cruz, a britânica Kate French ‘cavou’ distâncias na competição individual feminina de pentatlo moderno, definindo um novo recorde olímpico, de 1.385 pontos.

Entre os 23 cetros atribuídos nas últimas 24 horas estão igualmente incluídos os triunfos do russo Zaurbek Sidakov e do americano Gable Steveson nas classes masculinas de 74 e 125 kg de luta livre, respetivamente, e da japonesa Mayu Mukaida em 53 kg femininos.

O dia delineou ainda as finais nas competições femininas das modalidades de pavilhão, com a ‘Team USA’ a marcar encontros com Japão no basquetebol e perante o Brasil no voleibol, enquanto Rússia e França reencontram-se no andebol cinco anos depois.

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