O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) confirmou hoje o impedimento imposto a oito halterofilistas russos de participarem nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, rejeitando um recurso interposto pela federação russa da modalidade.
Na semana passada, o Comité Olímpico Internacional tinha remetido para as federações a decisão de participação dos atletas russos e a Federação Internacional de Halterofilismo (IWF) decidiu sexta-feira excluir todos os oito halterofilistas russos qualificados para os Jogos, por repetidos casos de 'doping'.
Os oito halterofilistas faziam parte de um conjunto de 31 desportistas russos que recorreram ao TAS a título individual ou coletivo depois de terem sido impedidos de participar nas olimpíadas pelas respetivas federações.
De acordo com um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA) recentemente divulgado, o Governo russo dirigiu um programa de dopagem no desporto com apoio estatal, com participação ativa do ministro dos Desportos e dos serviços secretos.
O relatório do professor canadiano Richard McLaren refere que o programa “à prova de falhas” foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.
De acordo com o documento, o ministro dos desportos da Rússia, Vitaly Mutko, teve “participação ativa” neste sistema, que teve a assistência dos serviços secretos nos laboratórios antidopagem de Moscovo e Sochi.
Na sequência da diretiva do COI, pelo menos 117 dos 387 atletas que faziam parte da equipa nacional russa foram já banidos dos Jogos.
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