O português Tiago Pereira não encontrou hoje uma explicação para ter estado abaixo do seu nível habitual na qualificação do triplo salto dos Jogos Olímpicos Paris2024, assumindo ter cometido erros diferentes nas três tentativas.

Pouco depois de o campeão olímpico em título, o português Pedro Pichardo, ter conseguido a melhor marca da qualificação (17,44) e ter recusado falar aos jornalistas, remetendo declarações para depois da final de sexta-feira, Tiago Pereira defendeu que tinha qualidade para estar na final, mas apenas conseguiu a 25.ª marca, com 16,36.

“Eu não sei, hoje não há explicação mesmo para o que aconteceu. Eu, realmente, estou bem fisicamente, as corridas estavam muito rápidas, estava a correr bem e rápido, consegui não fazer nulos, que é o meu normal - normalmente faço muitos nulos -, mas hoje, simplesmente, não aconteceu”, lamentou.

Na zona mista do Stade de France, Tiago Pereira assegurou que estava “rápido” e “forte”, “mas o desporto é assim, há dias que as coisas não acontecem simplesmente e hoje foi um deles”.

“A pista é rápida, eu não conseguia apanhar os timings. Em cada salto, cometi um erro diferente e isso levou a não passar à fase final”, explicou.

Reconhecendo estar “um pouco triste”, pois “sabia que tinha mais qualidade para estar” na final, Tiago Pereira disse que “também sabia que existia a possibilidade de não acontecer” essa qualificação.

“Então, não estou tão triste ou destroçado como fiquei nos últimos Jogos, não estou tão triste como fiquei no meu quarto lugar em Roma [nos Europeus]. Simplesmente, eu sabia que o nível era alto, eu tinha que me apresentar bem, eu não me apresentei bem, então é consequência das minhas ações”, referiu.

Sobre a final, onde Pichardo vai estar, depois de ter visto todos os concorrentes hoje, Tiago Pereira disse não ter “perspetiva nenhuma” sobre quem pode sair campeão e que quer apenas “que ganhe o melhor”.