O Chefe da Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, Marco Alves, ficou impossibilitado de visitar o Japão devido à pandemia de covid-19, cujos condicionalismos obrigam a uma preparação aturada para minimizar os impactos nos atletas.

“Sobre as visitas, não houve nenhuma alteração. Houve a possibilidade, mesmo com o adiamento, de voltarmos ao Japão, mas as restrições eram tantas que não nos acrescentava nada. Antes do adiamento, tínhamos visitado três vezes e reunido virtualmente com o Comité Olímpico local, mas essas três oportunidades foram suficientes para conhecer os espaços alocados à equipa Portugal, a principal preocupação na Aldeia Olímpica, e também a oportunidade de visitar grande parte das infraestruturas desportivas com atletas portugueses em competição. Não acrescentaria nada visitar o Japão em tempo de pandemia”, explicou Marco Alves, em entrevista à agência Lusa.

As regras sanitárias vão impor um rigoroso protocolo a todos os elementos da Missão de Portugal, mas há modalidades que podem ser mais afetadas do que outras.

“A situação mais periclitante é o surf. Já tínhamos contratualizado um hotel em 2018, houve um conjunto de avaliações às condições que os hotéis poderiam oferecer em contexto pandémico, tivemos um revés dessa reserva”, referiu, recordando que as competições em que vão participar Frederico Morais, Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira estão previstas para a praia de Tsurigasaki, a cerca de 90 quilómetros de Tóquio, em horários madrugadores.

A outra modalidade afetada é o ciclismo de estrada, que vai ter João Almeida e Nelson Oliveira como representantes lusos, nomeadamente, pela impossibilidade de alargar o período de estágio antes da competição, marcada para 24 de julho, o segundo dia dos Jogos.

“Efetivamente, a questão prevista para preparação da competição sofreu um grande revés no final do ano passado. As nossas ações de sensibilização e preparação dos Jogos iam no sentido da aclimatação ao clima, ao horário, já no Japão. Essa situação teve de ser abandonada, porque, no final do ano passado, o Comité Olímpico Internacional decidiu que, como medida de contingência, os atletas só podiam chegar cinco dias antes a Tóquio”, recordou.

A oposição lusa, integrada num ‘bloco’ de países com maior diferença horária relativamente ao Japão, permitiu que os atletas rumem a Tóquio, “mesmo que sem treino garantido”, assegurando ainda que o número de treinadores e restante ‘staff’ na Aldeia Olímpica não foi reduzido, face à situação pandémica.

“A questão do enquadramento de outras pessoas a acompanhar os atletas, em termos da gestão da aldeia olímpica, não sofreu alterações. A Carta Olímpica estabelece quais os oficiais que podem acompanhar e não houve reduções nessa quota. Houve muitos constrangimentos para as pessoas que ficariam fora da Aldeia e poderiam prestar algum apoio adicional. Por via dos constrangimentos, esses condicionalismos, vieram impactar este apoio”, admitiu.

Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano devido à pandemia de covid-19.

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