O atirador português João Paulo Azevedo assume à Lusa a ambição de “chegar à final e lutar por medalhas” no torneio de fosso olímpico do tiro com armas de caça dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

“O objetivo é sempre chegar à final para lutar por medalhas, não vou dizer o contrário, porque acho que qualquer atleta que represente Portugal não pensa menos do que isso”, disse o vila-condense, em entrevista à Lusa.

A preparação, afirma, tem corrido bem, está “a competir e a atirar bem”, e “a adaptação dos atletas” será um dos fatores decisivos, para lá de coisas “mais ou menos técnicas” da prova em si.

“Espera-se calor e humidade, tenho treinado em países e zonas mais quentes. Todos os atletas estão a preparar-se como eu. (...) [Importa] a preparação técnica e psicológica do atleta, mais a forma com que começa e acaba a prova. Pode ser decidida por um ponto ou no desempate”, analisa.

Ainda assim, no dia 28, quer estar nos melhores seis da qualificação para chegar à final, no dia seguinte, e bater-se por medalhas, no regresso da modalidade em Portugal aos Jogos Olímpicos, algo que não dava “pressão” a nível pessoal, mas para o desporto como um todo.

“Precisávamos, porque a nossa modalidade consegue tantos títulos e na prova rainha não conseguirmos meter ninguém, ficando tão perto... estava a começar a ser desgastante para atletas, técnicos, federação. Mas não levo mais pressão por causa disso. Foi um objetivo alcançado e agora é ir aos Jogos e conseguir o melhor possível”, refere.

O atleta do Clube de Caça e Pesca de Vila Verde, que se apurou com um segundo lugar na Taça do Mundo de Lahti, em 2019, e desde então tem visto as competições afetadas pela pandemia de covid-19, desvaloriza a situação sanitária, que “já é parte do dia a dia”.

Natural de Vila do Conde, o atleta de 37 anos, também empresário, foi este ano nono na Taça do Mundo de Lonato, em Itália, tendo em 2019 conseguido uma medalha de prata na equipa que disputou o ouro do campeonato da Europa.

Antes, em 2017, já tinha vencido o ouro coletivo do Europeu, numa carreira que já começou há 23 anos.

Os Jogos Olímpicos vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento em um ano devido à pandemia de covid-19.