Diante de Ortiz, líder mundial e múltipla medalhada em Jogos Olímpicos, com ouro em Londres2012, prata no Rio2016 e bronze em Pequim2008, Rochele Nunes perdeu já aos 1.58 minutos do 'golden score', prolongamento do combate, por waza-ari.

Na primeira ronda, a judoca portuguesa, 11.ª do mundo, tinha vencido a porto-riquenha Melissa Mojica, 23.ª, ao pontuar com um waza-ari a cerca ade 16 segundos do final.

A judoca lusa ficou em lágrimas após esta eliminação ao segundo combate na categoria de +78 kg dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 podem representar a sensação de injustiça na derrota, num combate em que foi quem tentou atacar.

Rochele sai da sua estreia nuns Jogos Olímpicos com o peso de uma má arbitragem, numa decisão em que foi óbvio que foi ela quem atacou e viu a arbitragem fechar os olhos à falta de combatividade da líder mundial.

Diante da cubana Idalys Ortiz, a líder do ‘ranking’ e múltipla medalhada em Jogos Olímpicos, com ouro em Londres2012, prata no Rio2016 e bronze em Pequim2008, a favorita pareceu ser Rochele Nunes, num combate em crescendo e a ganhar confiança.

Depois de uma fase de mútuo receio, com as duas judocas penalizadas com um castigo (shido) ainda antes do final do primeiro minuto, Rochele Nunes esteve sempre um passo à frente, na tentativa de levar Ortiz ao ‘tatami’.

A um tímido ataque da cubana, a portuguesa respondeu com duas iniciativas, tentando sempre a projeção, antes de o combate chegar ao ‘golden score’, o prolongamento após os quatro minutos regulamentares e com as duas já tapadas com dois shidos.

As regras determinam que uma terceira penalização dita a eliminação imediata, e perante um combate em que foi Rochele a fazer uma sucessão de ataques, com Ortiz a não correr riscos, um terceiro ‘shido’ à cubana era expectável a qualquer momento.

A selecionadora Ana Hormigo percebeu, claramente, a situação, e deu o recado: “mais um [ataque] e é teu”, num contexto em que se esperava o castigo – que nunca chegou – à passividade de Ortiz, com a complacência da arbitragem.

Após as palavras da treinadora, a judoca portuguesa ainda tentou novo desequilíbrio, e, incrédula, manteve-se na expectativa, à espera de uma decisão que nunca chegou e que penalizasse a ‘estagnação’ da líder mundial.

A injustiça avolumou-se no único movimento de Ortiz, que, como quem espera a oportunidade para ferir o oponente, rodou sobre a portuguesa, a 1.58 minutos do prolongamento e pontuou para waza-ari, consumando a eliminação de Rochele Nunes.

A estreia nuns Jogos Olímpicos fez-se de lágrimas para a luso-brasileira, que em 2019 começou a representar Portugal e que nestes Jogos, em função de muito bons resultados no circuito mundial, prometia lutar por uma medalha.

Antes de encontrar Ortiz, contra quem mostrou que afinal era possível, a judoca, 11.ª do mundo, já tinha vencido a porto-riquenha Melissa Mojica, 23.ª, ao pontuar com um waza-ari a cerca de 16 segundos do final.

Portugal despede-se da competição de judo nos Jogos Olímpicos com a medalha de bronze de Jorge Fonseca em -100 kg, alcançada na quinta-feira, um quinto lugar de Catarina Costa em -48 kg, numa competição em que teve oito judocas em ação.

Com a maior delegação de sempre nuns Jogos Olímpicos, a par de Barcelona92, Telma Monteiro (-57 kg), que foi bronze no Rio2016, perdeu ao segundo combate, bem como Bárbara Timo (-70 kg) e Patrícia Sampaio (-78 kg), enquanto Joana Ramos (-52 kg) e Anri Egutidze (-81 kg) disputaram apenas um combate.

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