“Parto em paz depois de ter vivido tantos momentos incríveis. Foi uma bela viagem, que adorei do início ao final”, declarou na zona mista a nadadora italiana, depois de ter sido sétima na final ganha pela australiana Ariarne Titmus.

Campeã olímpica dos 200 metros livres em Pequim2008 e vice-campeã em Atenas2004, a recordista mundial da distância vai despedir-se dos Jogos Olímpicos sem uma última medalha.

"Quando toquei na parede, disse para mim mesma que tinha acabado. Aceitei que a primeira parte da minha vida parou”, revelou, excluindo um regresso à competição após a sua última prova em Tóquio2020, os 100 metros, uma distância que não é a sua favorita.

Pellegrini assegurou que a decisão é definitiva, lembrando que, em 05 de agosto, vai cumprir 33 anos.

“Este é o momento certo. E terminar numa final olímpica, é o ideal. Estou muito feliz. Na realidade, esta é a final mais tranquila que alguma vez nadei. Esta manhã, quando me levantei, estava verdadeiramente serena. Estou satisfeita com o meu percurso e por terminar desta maneira”, reconheceu.

A italiana, muito aplaudida à entrada para o Centro Aquático de Tóquio, entrou hoje na história ao tornar-se a primeira nadadora a disputar uma quinta final olímpica na mesma distância, depois de Atenas2004 (prata), Pequim2008 (ouro), Londres2012 (quinta) e Rio2016 (quarta).

Aos 32 anos, a ‘Divina’, como é carinhosamente apelidada pelos seus compatriotas, foi apenas sétima na final, mas manteve intacto o seu estatuto de recordista mundial dos 400 livres – detém a melhor marca mundial desde que, em julho de 2009, nadou em 1.52,98 minutos.

“Trabalhámos tanto nestes últimos meses para viver isto e não posso ter qualquer arrependimento, sei que não poderia ter feito melhor. E já chega, porque não quero chorar”, concluiu.