Quando tocou na parede da piscina do Centro Aquático de Tóquio, Chase Kalisz converteu-se em protagonista instantâneo, quer por ser o primeiro campeão olímpico da natação em Tóquio2020 (nos 400 metros estilos), quer por ‘oferecer’ aos Estados Unidos o primeiro dos muitos ouros que a superpotência vai conquistar nestes Jogos.
Mas, o protagonismo do antigo companheiro de treinos de Michael Phelps, que nadou a distância em 4.09,42 minutos, e superou o seu compatriota Jay Litherland (prata) e o australiano Brendon Smith (bronze) para conquistar o seu primeiro ouro em Jogos Olímpicos, depois da prata no Rio2016, foi apenas momentâneo, porque poucos minutos depois um miúdo de 18 anos fazia história.
A nadar na pista 8, após ter chegado à final apenas com o oitavo melhor tempo das eliminatórias, Ahmed Hafnaoui tornou-se o segundo tunisino a ser campeão olímpico na piscina, sucedendo a Oussama Mellouli, ouro nos 1.500 metros em Pequim2008.
“Não consigo acreditar, é fantástico. Senti-me melhor na água hoje de manhã do que ontem [sábado] e foi isso. Agora, sou campeão olímpico. É um sonho tornado realidade”, assumiu.
Especialista em distâncias longas, Hafnaoui ultrapassou o australiano Jack McLoughlin nos últimos 25 metros, parando o cronómetro em 3.43,36 minutos. O norte-americano Kieran Smith, na estreia em Jogos Olímpicos, subiu ao pódio para receber o bronze.
A alegria do jovem campeão olímpico dos 400 livres, exuberante nos festejos, encontrou equivalente na emoção de Yui Ohashi, que garantiu o primeiro ouro na natação para a nação organizadora dos Jogos e o segundo título olímpico, depois do alcançado no sábado pelo judoca Naohisa Takato nos -60kg.
A nadadora japonesa sucedeu no palmarés olímpico dos 400 metros estilos à húngara Katinka Hosszu, a tripla campeã olímpica e nove vezes campeã mundial, que hoje foi apenas quinta.
A lenda das provas de estilos, que é a atual recordista mundial da distância, começou forte, mas perdeu ‘fôlego’ após 150 metros, vendo as norte-americanas Emma Weyant e Hali Flickinger nadar, respetivamente, para a prata e bronze.
Mas, a primeira jornada de finais não acabaria sem novo momento para a história, da ‘responsabilidade’ de Bronte Campbell, Meg Harris, Emma McKeon e Cate Campbell, a estafeta australiana que bateu o recorde do mundo dos 4x100 metros.
As australianas foram as primeiras a baixar a fasquia dos 3.30 minutos, conquistando o ouro com o tempo de 3.29,69 e melhorando um recorde, fixado em 3.30,05, que já pertencia à estafeta daquele país desde abril de 2018. O Canadá ficou com a prata e os Estados Unidos com o bronze.
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