“Queremos estar tranquilos na nossa preparação. Na aldeia olímpica há um grande aglomerado de pessoas, imensas distrações. Muitos atletas e modalidades com objetivos distintos. Viemos para trabalhar e competir, por isso quanto mais tempo aqui estivermos, melhor”, disse à Lusa o vice-presidente, Ricardo Machado.
O evento da canoagem só começa em 02 de agosto e Fernando Pimenta (K1 1.000), Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela (K4 500), Teresa Portela (K1 200 e 500) e Joana Vasconcelos (K1 500 e K1 200) chegarão à aldeia olímpica somente a cinco dias de principiarem as regatas.
“É o tempo necessário para nos adaptarmos à pista de Tóquio e às suas especificidades antes do início da competição”, justificou o dirigente, que destacou a particularidade da mesma ser em água salgada, algo pouco habitual na canoagem.
Aliás, esse é um dos motivos do estágio na pequena localidade piscatória de Kotango, juntamente com a seleção de Espanha, para habituação “às condições” que vão encontrar na capital nipónica.
Além da questão da salinidade, trata-se de uma pista habitualmente com vento, sendo que se o mesmo soprar de trás os benefícios serão evidentes para a seleção lusa, enquanto se o mesmo surgir de frente as dificuldades serão acrescidas: “Ainda assim, estamos preparados para competir e as condições climatéricas não serão desculpa”.
Perto da hora decisiva, a canoagem portuguesa não foge à responsabilidade sempre assumida de medalhas em Tóquio2020, tanto nos Jogos Olímpicos como na estreia nos Paralímpicos.
“Os resultados dos últimos anos e o trabalho desenvolvido dão-nos confiança de chegar a Tóquio com tudo bem feito. Só esperamos que os nossos atletas estejam ao seu melhor nível e possam superar os adversários”, desejou Ricardo Machado.
O dirigente recordou que “há um lote muito alargado de candidatos aos pódios nas diversas provas”, prometendo que as tripulações lusas estarão “na luta pelos pódios, fazendo tudo para conquistar medalhas e orgulhar todos os portugueses”.
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