Uma equipa de refugiados vai participar nos Jogos Olímpicos e desfilar atrás da bandeira olímpica na cerimónia de abertura do Rio2016, anunciou hoje o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) na visita a um campo de migrantes em Atenas.
A delegação será composta por “atletas de alto nível” identificados pelo COI e poderá ter entre cinco e dez pessoas, precisou Thomas Bach, que explicou que estes vão desfilar em penúltimo lugar na cerimónia de abertura, de 05 de agosto, antes da representação brasileira.
Para o presidente do máximo organismo olímpico, a integração de uma comitiva de refugiados envia uma mensagem de esperança e confiança aos cerca de 60 milhões de refugiados por todo o mundo.
“A cerimónia de abertura será muito simbólica, particularmente para a Grécia”, sublinhou Bach, ao concluir a visita ao centro de acolhimento de Eléonas, onde atualmente estão alojados 500 migrantes.
Bach revelou também que o percurso da tocha olímpica, que deverá ser acesa em abril, em Olimpia, vai passar pelo campo de Eléonas, no perímetro industrial de Atenas, sendo então transportada por um refugiado.
“Estamos aqui para mostrar o nosso apoio àquilo que a Grécia tem feito e a nossa solidariedade com os refugiados, que tanto sofrem”, concluiu.
Em dezembro de 2015, o COI já tinha anunciado a descoberta de três atletas que fugiram dos seus países no quadro da crise de migrantes e que poderiam aspirar à qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: uma nadadora síria, que treina na Alemanha, um judoca da República Democrática do Congo, refugiado no Brasil, e uma iraniana praticante de taekwondo, que se encontra na Bélgica.
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