O treinador da equipa de boccia BC1/BC2 considerou hoje que a medalha de bronze conquistada por Portugal nos Jogos Paralímpicos Rio2016 “é merecida” e fruto do trabalho de uma equipa que “conseguiu encontrar-se”.

“Foi um jogo difícil, mas a equipa conseguiu encontrar-se e chegar ao bronze. Hoje, frente à Argentina, começámos bem, tínhamos o jogo delineado e sabíamos que era importante atacar no primeiro parcial”, afirmou Luís Ferreira, após o jogo que garantiu a conquista da medalha de bronze.

Portugal assegurou hoje a sua 25.ª medalha paralímpica no boccia, num encontro que venceu por 6-2, pelos parciais de 2-0, 2-0, 0-1, 1-0, 1-0 e 0-1.

A selecionadora portuguesa de boccia, Helena Bastos, admitiu no final do encontro, disputado na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, que “estava com receio do jogo”, manifestando-se, naturalmente, “muito satisfeita com o resultado”.

Helena Bastos voltou a lembrar que a qualidade dos adversários, sobretudo dos asiáticos, tem “subido bastante”, mas mostrou-se esperançada na obtenção de bons resultados nas provas individuais.

Cristina Gonçalves, a única mulher na equipa BC1/BC2 que hoje conquistou o bronze, afirmou que a equipa teve garra e que, e admitiu que, às vezes, os treinadores têm de dar uns “puxões de orelhas”.

“Às vezes tem de ser assim, os treinadores têm de ralhar para nos motivar, para nos por o moral para cima, isso é bom para toda a equipa”, afirmou a atleta, que conquistou o bronze juntamente com Abílio Valente, António Marques e Fernando Ferreira.

Na fase de grupos, Portugal perdeu com a Argentina por 7-1, venceu a Eslováquia por 12-1 e o Brasil por 6-5.

Nas meias-finais, Portugal, que conquistou sempre medalhas no boccia em Jogos Paralímpicos, foi derrotado por 8-5 pelo Japão, que ainda hoje joga a final com a Tailândia.

Nos Jogos Paralímpicos Londres2012, Portugal conquistou três medalhas, duas das quais no boccia: uma de prata em pares BC3, e uma de bronze na competição individual de BC3.

O boccia é uma modalidade exclusiva dos Jogos Paralímpicos, que consiste em lançar bolas tentando deixá-las o mais perto possível de uma bola alvo, e é destinada a atletas com deficiência motora - paralisia cerebral em cadeira de rodas ou doenças neuromusculares -, que pode ser disputada individualmente, em pares ou por equipas de três elementos, sem divisão por género.

Na modalidade, designada pelas iniciais BC, os atletas são divididos em quatro classes, numeradas de 1 a 4. As classes 1 e 2 são destinadas a atletas que jogam com a mão ou com o pé, a 3 agrupa os atletas que jogam com auxílio de calhas, e a 4 os praticantes que sofrem de doenças neuromusculares.

Esta é a segunda medalha conquistada por Portugal nos Jogos Rio2016, depois de Luís Gonçalves ter conseguido o bronze no atletismo, na prova dos 400 metros T12 (deficiência visual).

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