Portugal fechou hoje a sua participação nos Jogos Paralímpicos Rio2016 com quatro medalhas, conseguidas no boccia e no atletismo, e 25 diplomas, numa competição que marcou a estreia lusa nas modalidades de judo e tiro.

O boccia fez jus ao facto de ser uma modalidade que sempre deu medalhas a Portugal em Jogos Paralímpicos e conseguiu dois terceiros lugares, numa prova individual e numa coletiva.

No torneio individual de BC3, José Macedo repetiu, curiosamente frente ao mesmo adversário, o bronze de Londres2012, e na prova por equipas BC1/BC2, António Marques, Abílio Valente, Cristina Gonçalves e Fernando Ferreira impuseram-se à Argentina no jogo para atribuição do terceiro lugar.

No Estádio Engenhão, Luís Gonçalves regressou às medalhas oito anos depois de ter sido prata nos 400 metros T12 (deficiência visual) em Pequim2008.

Luís Gonçalves, que esteve ausente dos Jogos Londres2012 devido a uma suspensão por doping, alcançou desta vez o bronze, que junta ao título de campeão mundial da distância.

Na maratona, a prova que encerrou os Jogos Rio2017, que começaram a 07 de setembro, Manuel Mendes, que não tem o antebraço esquerdo, surpreendeu ao conquistar a medalha de bronze na classe T46, para atletas com deficiência motora.

Ainda no atletismo, e em provas para atletas com deficiência intelectual, Lenine Cunha, que tinha sido medalha de bronze há quatro anos em Londres2012, foi sexto no salto em comprimento, o mesmo lugar obtido por Inês Fernandes no lançamento do peso, prova na qual foi quarta há quatro anos.

Numa representação lusa de atletismo que ‘cresceu’ devido à exclusão da Rússia, por escândalos de doping, destacou-se o jovem Miguel Monteiro, de 15 anos, que foi quinto no lançamento do peso para atletas com nanismo.

A estreante Carolina Duarte, que já representou a seleção de atletismo regular, foi sexta na prova dos 100 metros T13 (deficiência visual), distância na qual é campeã europeia, e oitava nos 400.

Na natação, Joana Calado alcançou o melhor resultado entre os portugueses, ao ser quinta na final dos 100 metros bruços SM8, enquanto David Grachat, que tinha conquistado em maio duas medalhas de bronze nos Europeus realizados no Funchal, foi oitavo na final dos 400 metros livres S9.

No ciclismo, Luís Costa, que chegou ao Rio de Janeiro como líder da classificação mundial de H5, categoria destinada a atletas que competem em handbikes, foi oitavo em ambas as finais nas quais participou: estrada e contrarrelógio.

Telmo Pinão, que não tem parte de uma perna e competiu na categoria C2, foi 12.º na prova de contrarrelógio e 22.º na da estrada.

Na estreia do judo português em competições paralímpicas, Miguel Vieira foi nono no torneio da -66 kg, para atletas com deficiência visual, ao ser derrotado no primeiro combate.

No tiro, a outra modalidade portuguesa em estreia, o atirador Adelino Rocha (deficiência motora) obteve como melhor classificação um 27.º lugar na prova de pistola a 10 metros, tendo sido 29.º a 50 metros e 30.º a 25 metros.

Nas provas equestres, Ana Mota Veiga (paralisia cerebral) terminou na 22.ª posição, após as duas provas disputadas.

Portugal sai, assim, dos Jogos do Rio com resultados melhores do que os alcançados em Londres, e soma agora 92 medalhas conquistadas num total de nove participações em Jogos Paralímpicos.

A China, com um total de 239 medalhas fechou os Jogos Rio2016 no topo do medalheiro, seguida da Grã-Bretanha que conquistou 147, e da Ucrânia que conseguiu 117.

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