O selecionador nacional de andebol, Paulo Pereira, viu a punição de dois jogos de suspensão agravada com um terceiro, que o afasta hoje do banco no jogo com a Hungria, do Grupo D do Mundial, em Kristianstad, na Suécia.

Em causa está a suspeita, por parte da Federação Internacional de Andebol (IHF), de que Paulo Pereira terá comunicado com o banco durante o encontro de quinta-feira com a Islândia, a partir da bancada da Kristianstad Arena, para o qual se encontrava castigado.

A IHF analisou o caso e decidiu punir o treinador português com mais um jogo de suspensão, não dando provimento ao recurso apresentado pela Federação de Andebol de Portugal (FAP), por considerar que tinha provas de que Paulo Pereira contornou a proibição de contactar com o banco.

A situação de possível contacto entre Paulo Pereira e o banco chegou a ser colocada na conferência de imprensa no final do jogo ao adjunto Paulo Fidalgo, que justificou o auricular que usou com um problema auditivo e com a necessidade de proteger o ouvido do ruído do pavilhão.

A equipa técnica portuguesa rebateu as suspeitas da IHF e referiu que o único contacto que existiu foi entre Paulo Pereira e o analista de vídeo, Miguel Vasconcelos, que não se encontrava no banco, mas também na bancada do recinto de jogo.

Para o segundo jogo, no sábado frente à seleção da Coreia do Sul, orientada pelo ex-selecionador nacional Rolando Freitas, Paulo Pereira foi impedido de entrar na Kristianstad Arena, tendo assistido ao jogo no seu quarto de hotel.

Para o jogo de hoje de crucial importância para as ambições de Portugal, em que Paulo Pereira contava regressar ao banco, o selecionador faz o pleno de ausência da fase de grupos e foi, uma vez mais, impedido de entrar na Kristianstad Arena.

Paulo Pereira foi inicialmente castigado com dois jogos de suspensão na sequência do que se terá passado no final da vitória sobre a França (29-28), em março de 2021, no torneio pré-olímpico, que qualificou Portugal pela primeira vez para os Jogos Olímpicos.

Esta punição, alargada hoje a um terceiro jogo, que impede o selecionador de se sentar no banco no jogo com a Hungria, afastou-o da derrota com a Islândia (30-26) e da vitória com a Coreia do Sul (32-24), que deixou Portugal perto da ‘main round’ (fase principal).