O Benfica estreia-se no Mundial de clubes de andebol na quarta-feira, frente ao Mudhar, um dos anfitriões da prova a decorrer ate 23 de outubro na Arábia Saudita, que contará, pela primeira vez, com uma equipa portuguesa e 12 clubes.

A formação ‘encarnada’ participa neste Mundial de clubes (Super Globe) a convite da Federação Internacional de Andebol (IHF), como forma de premiar a conquista da Liga Europeia, tal como os polacos do Kielce, finalistas vencidos da Liga dos Campeões.

Os benfiquistas ficaram integrados no Grupo B com um dos anfitriões da prova, o Mudhar (o outro é o Al-Khaleej, incluído no A), e os egípcios campeões africanos do Al-Ahly, que apresentam como melhor resultado o segundo lugar em 2007, no Cairo.

O Grupo A é liderado pelos alemães do Magdeburgo, campeões em título e finalistas vencidos frente ao Benfica na Liga Europeia de 2021/22, que terão como adversários os australianos do Sydney University e os estreantes sauditas do Al-Khaleej.

O Grupo C conta com a formação brasileira do Taubaté, vencedora do campeonato da América do Sul e Central, os polacos do Kielce e o campeão asiático Al-Kuwait, no qual atua o lateral internacional português de origem cubana Ángel Hernández.

O Grupo D integra o campeão europeu FC Barcelona, do pivô luso Luís Frade, os mexicanos do Club Ministros, vencedores do campeonato da América do Norte e Caribe, e os tunisinos do Esperance de Tunis, que venceram a Liga dos Campeões da Arábia.

A 15.ª edição da IHF Super Globe decorre até dia 23 em Dammam, na Arábia Saudita, envolvendo 12 clubes, distribuídos por quatro grupos. Os vencedores de cada um dos grupos disputam sábado as meias-finais, um dia antes da final.

Desde a primeira edição da competição, que foi disputada em Viena, em 1997, o objetivo primordial do IHF Super Globe é reunir as melhores equipas de andebol de todos os continentes, criando, basicamente, um mundial de clubes.

O número de equipas tem oscilado, desde a primeira edição, e este ano a competição contará com 12 emblemas de seis diferentes confederações continentais – Ásia, África, Europa, América do Norte e Caribe, América do Sul e Central e Oceânia.

A Europa, com quatro equipas, é o continente com mais clubes presentes, sendo também o que mais vezes ergueu o troféu, pelo FC Barcelona (5), Füche Berlim (2), BM Ciudad Real (2), THW Kiel (1), Magdeburgo (1), Atlético de Madrid (1) e CB Cantábria (1).

A exceção à hegemonia europeia, com especial destaque para os nove troféus somados pelos clubes espanhóis, aconteceu em 2002 com a conquista do título pelo Al-Sadd, do Qatar, num torneio disputado por cinco equipas, em Doha, no sistema de todos contra todos.

O FC Barcelona é o grande candidato ao triunfo na presente edição da prova, que os espanhóis já venceram por cinco vezes (2013, 2014, 2017, 2018 e 2019), ao que somam ainda o segundo lugar alcançado em 2021, na final perdida para o Magdeburgo (33-25), e o terceiro em 2015.

Os polacos do Kielce, os alemães do Magdeburgo e o estreante Benfica contam-se entre as equipas que poderão fazer frente ao FC Barcelona, que procura recuperar o cetro perdido na última edição, após três triunfos consecutivos (em 2020 a competição não se realizou devido à covid-19).

A confederação asiática faz-se representar no IHF Super Globe por três equipas, os anfitriões Mudhar e Al-Khaleej, da Arábia Saudita, e o Al-Kuwait, sendo por isso o segundo maior contingente em prova a seguir ao Europeu.

O Mudhar já participou na competição em 2019, quando terminou em sétimo, enquanto o Al-Khaleej fará a sua estreia, sendo o quarto clube da Arábia Saudita a entrar na competição. O Al-Kuwait, vencedor do campeonato asiático, também fará a sua estreia na prova.

A confederação da América do Norte e do Caribe será representada pela primeira vez por um clube mexicano, o campeão zonal Club Ministros, representante de um país em que a modalidade tem pouca expressão e se encontra em estado emergente.

O clube brasileiro Taubaté, um dos históricos do IHF Super Globe, com a sétima presença em 2022 (só superado pela Sydney University, 10.ª, Al Sadd, que soma nove, e FC Barcelona, 8.ª) é o representante da confederação da América do Sul e Central.

Desde 2013, o Taubaté, que conquistou o direito de participar na prova ao derrotar o arquirrival EC Pinheiros (27-20), falhou apenas uma edição da competição, em 2017, e regista como melhor resultado o quinto lugar alcançado em 2018.

O Al-Ahly, do Egito, medalha de prata em 2007, que fará a sua terceira participação, e o Esperance de Tunis, da Tunísia – uma das equipas mais tituladas da história do continente que vai somar a quarta – são os representantes africanos.

O Sydney University participará na competição pela 10.ª vez consecutiva, como vencedor do campeonato de clubes da Austrália e da Oceânia, e regista como melhor resultado o quarto lugar registado em 2015.

O estreante Benfica junta este ano o seu nome a um grupo restrito que inclui 52 emblemas que já participaram no IHF Super Globe, bem como o de Portugal, que eleva para 25 o dos países representados.