O Governo não vai interferir no “conflito” que envolve a Direcção-Geral dos Desportos (DGD) e a Federação Cabo-verdiana de Andebol (FCA) que decidiu suspender todas as suas actividades desportivas e encerrar a sua sede, alegando falta de condições financeiras.
“O Governo nestas questões não se interfere. As federações são autónomas, funcionam de acordo com o contrato-programa da Direcção-Geral dos Desportos”, disse hoje o ministro do Desporto, Fernando Elísio Freire.
O Ministério dos Desportos tem conhecimento da situação, mas não vai pronunciar nas decisões das instituições. Compete as entidades dirimirem os eventuais conflitos, disse Fernando Elísio Freire.
Sem querer interferir no conflito, o ministro defendeu, entretanto, que “é preciso ter a noção clara que a governança desportiva exige autonomia e a autonomia exige responsabilidades”.
O governante disse ainda que cabe às duas entidades envolvidas no conflito resolver a questão, sem interferência do executivo.
Em comunicado tornado público, a FCA justifica a sua decisão de suspender as actividades alegando que está a passar por “difícil situação financeira”, asseverando que “o processo de financiamento dos contratos-programa entre a FCA e a Direcção-Geral dos Desportos ainda não foi concluído”.
No seu comunicado, a direcção deste organismo deixa claro que não existem condições para o arranque da nova temporada desportiva, oficialmente inaugurada a 1 de Outubro, “devido aos créditos e descrédito junto dos seus fornecedores”.
Por isso, cita a mesma fonte, a FCA “suspende todas as actividades federativas até a normalização da situação”.
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